A partida do Fortaleza diante do Colo-Colo na noite desta quinta-feira, 10, pela segunda rodada da fase de grupos da Copa Libertadores, está paralisada após ter que ser interrompida por mais de uma vez por conta de um episódio de revolta da torcida chilena após duas mortes ocorridas fora do estádio Monumental.Aos 25 minutos da segunda etapa, os jogadores do Leão tiveram que ir correndo para o vestiário após torcedores da equipe da casa invadirem o gramado. A invasão ocorreu após a quebra de dois acrílicos que separavam a torcida do campo.
"O Fortaleza informa que todos os atletas, diretores, comissão e staff estão bem e seguros após a invasão de alguns torcedores do Colo-Colo em campo, no Estádio Monumental David Arellano, em Santiago", informou o clube. Antes disso, o jogo já havia sido paralisado por mais de uma ocasião em decorrência do comportamento de torcedores do Colo-Colo. Em um primeiro momento, logo no início da segunda etapa, houve a utilização de sinalizadores e bombas nas arquibancadas. Logo depois, houve um festival de objetos sendo arremessados no gramado e nos jogadores. O árbitro chegou a paralisar o embate por conta de um isqueiro que havia sido jogado no campo. A transmissão da ESPN Brasil também captou o arremesso de garrafas com bebidas alcoólicas. Por comprometer a segurança dos jogadores, o embate teve de ser paralisado. Os jogadores das duas equipes voltaram ao vestiário aos 25 minutos do segundo tempo.Mortes fora do estádioDe acordo com informações da imprensa internacional, a motivação para a revolta da torcida do Colo-Colo foram mortes ocorridas fora do estádio. O 24 Horas CL, do Chile, citou que uma confusão ocorreu após torcedores tentarem entrar no estádio sem ingresso, o que gerou um alvoroço nos arredores do estádio Monumental. Na confusão, uma jovem de 19 anos e um menor, de 13 anos, teriam sido atropelados por um veículo policial.
"É uma família toda que está desolada"Irmã de uma das vítimas de um atropelamento nos arredores do Estádio Monumental, no Chile, que vitimou uma adolescente de 19 anos e um menor de 13 anos e, por consequência, causou a paralisação da partida Colo-Colo x Fortaleza, Bárbara Pérez conversou com a imprensa chilena sobre o ocorrido fora da arena.Segundo ela, a sua irmã havia comparecido ao estádio com o ingresso proveniente da carteira de sócio-torcedor e estava com amigos tentando entrar na arena esportiva para acompanhar o jogo quando foi atropelada. A jovem chilena chegou a ser abraçada por um amigo que tentou protegê-la, mas ela já foi entregue para a família sem sinais vitais e morta.Bárbara protestou em relação ao tratamento policial. Ela relatou que apenas o oficial que entregou o corpo da irmã a ela prestou qualquer ajuda e que o suposto policial envolvido no atropelamento não apareceu. A jovem acentuou que, após o ocorrido, precisa de ajuda judicial para ir "até as últimas consequências" contra os responsáveis pelo atropelamento.
"Vamos até as últimas consequências. Eu preciso, nós precisamos de ajuda judicial porque isso não pode ficar assim. É uma família toda que tá desolada, inclusive eu. Minha mãe está destruída. Não sei como vamos seguir com isso. Só peço que me ajudem judicialmente e nada mais", frisou.Conmebol se posicionaEm uma nota curta, a Conmebol se posicionou em relação ao ocorrido lamentando as mortes nas imediações do estádio e prestando condolências aos familiares das duas vítimas. "A CONMEBOL lamenta profundamente o falecimento de dois torcedores nas imediações do Estádio Monumental antes do início da partida entre Colo Colo e Fortaleza Esporte Clube. Expressamos nossas mais sinceras condolências às suas famílias e seres queridos. Estamos juntos neste momento difícil", escreveu a entidade responsável pela competição nas redes sociais.
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