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sábado, 11 de janeiro de 2025

50 ANOS: UMA ODISSEIA DA BOLA PESADA, Por Serpa Di Lorenzo

 
“Num recanto bonito do Brasil / Sorri a minha terra amada
Onde o azul do céu / É mais cor de anil
Onde o sol tão quente / Parece mais sutil”.
O ano era 1974. Sem Pelé, o Brasil iria tentar o tetracampeonato na Alemanha. Raul Seixas estourava com a música Metamorfose Ambulante. Os assustados comandavam a juventude nos sábados à noite. Emerson Fittipaldi conquistaria o bicampeonato mundial de Fórmula 1. Éder Jofre era campeão mundial de Boxe. O Campinense Clube seria merecidamente tetracampeão. O Poderoso Chefão 2 lotava as nossas salas de cinema. Em Brasília, o presidente Ernesto Geisel não estava para brincadeiras.
Sob o competente comando do diretor Itapuan Botto Targino e coordenação do professor Hervásio Gabinio, uma delegação de atletas da antiga Escola Técnica Federal da Paraíba viajou para disputar os Jogos Estudantis Brasileiros do Ensino Médio, VIII Jebem; que naquele ano foram realizados na cidade de Campos - RJ. Dentre as várias modalidades disputadas pelos nossos representantes o Futebol de Salão foi o destaque. Foram percorridos 2.500 km para chegar ao destino dos jogos, em um ônibus semi leito da famosa Viação São Geraldo. Não havia ar-condicionado nem serviço de bordo. Porém apareceu um pandeiro do roupeiro Seu Zé e a viagem foi fluindo sem stress ao som da linda música “Meu Sublime Torrão” de autoria de Genival Macedo.  
A equipe de salão tinha o experiente e calmo Walter Castro como treinador e um plantel de jovens atletas que posteriormente seriam destaques no Nordeste.  Os deuses da bola pesada conspiraram naquele ano em benefício da nossa Escola Técnica. O time titular era Ademar, Joel, Rosalvo, Quincas e Tito.  Jorge, Moreira e Ovídio quando entravam mantinham o mesmo padrão técnico.
Estrearam na competição perdendo por 3 X 2 para Minas Gerais. Era visível no rosto dos atletas o desgaste da viagem. Houve a reabilitação no segundo jogo quando venceram o Mato Grosso por 6 X 0. A terceira partida foi contra os vizinhos do Rio Grande do Norte, que vencemos por 1 X 0; a quarta partida também foi vitoriosa contra o estado de Alagoas por 3 X 2. Perderam de 6 X 5 para Santa Catarina e houve a reabilitação vencendo o Pará por 5 X 2.  Foram classificados para a grande final contra os poderosos donos da casa, a seleção de Campos – RJ.  Venceram, contra tudo e contra todos, por 6 X 4. A quadra foi invadida e uma alegre festa foi iniciada e que perdura até os dias atuais, cinquenta anos depois, pois esses guerreiros sempre quando possível comemoram esse feito histórico. No último dia 18 de dezembro de 2024, na sede da associação da instituição, tivemos o prazer de participar da alegria nostálgica deles que foi registrada pelo Núcleo de Documentação e Pesquisa da Educação Profissional do IFPB, sob o comando do criterioso professor Luciano Candeia.
Desconhecemos outro título de campeão brasileiro conquistado pela Paraíba, categoria adulta, no futebol de salão. Ademar, posteriormente dedicou-se ao futebol de campo e foi jogar no Clube Náutico Capibaribe, Joel dedicou-se ao magistério e com competência preside a associação de classe do atual IFPB, Rosalvo foi morar em Brasília e trabalhar na UNB, Quincas passou a ser a grande estrela do Estrela do Mar e Tito, o maior jogador da história do São Gonçalo e da seleção paraibana.
"Não tem a fama da baiana, mas a paraibana / Sabe amar, tem sedução.
Paraíba hospitaleira, Morena brasileira/ Do meu coração!"

Serpa Di Lorenzo

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