Lindismar Araújo — Foto: Reprodução / TV Cabo Branco |
Se ainda hoje não é simples para uma mulher que goste de jogar futebol consiga praticar a modalidade com uma boa estrutura, imagina há algumas décadas. É por isso que, as pioneiras, têm uma importância imensa nos primeiros passos mais fortes que futebol brasileiro começa a ensaiar, com a organização, por exemplo, de um Campeonato Brasileiro, com três séries todos os anos. E uma pioneira, em especial, foi fundamental para o futebol da Paraíba. Lá no Sertão do estado. Lindismar Araújo foi uma dessas pioneiras na construção da base da modalidade para as garotas da região, na década de 1960.
Linda, como é conhecida, tem uma linda história de resistência no futebol feminino. As dificuldades eram imensas. Tal qual o amor pelo futebol.
— Eu morava em um sítio. Eu e mais seis irmãos. A gente roubada as meias dos nossos pais e fazia uma bola para brincar. A mulher nesse tempo não jogava futebol. Eu desafiava a mim mesma e dizia que eu ia aparecer nos jornais, jogando futebol — lembra a pioneira.
Se destacando na região, Linda chamou atenção de quem fazia e construía o futebol da Paraíba a partir da capital. Ela chegou a jogar, no início da década de 1980, de uma Seleção Paraibana que venceu a Seleção de Pernambuco no Almeidão naquela época
— O jogo foi no Almeidão no dia 1º de maio. Ganhamos por 2 a 1. Fiz gol e lembro de tudo — disse a jogadora.
Neste ano houve um encontro interessante, que emocionou várias gerações do futebol feminino. O Botafogo-PB fez uma peneira para o seu time feminino em Cajazeiras. Lindismar foi, contou um pouco da sua história e foi desafiada a calçar a chuteira e fazer parte do dia de jogo e de avaliações organizado pelo Belo. Lindismar atualmente tem um projeto social com o futebol em Cajazeiras, onde fala um pouco da sua trajetória e fomenta a modalidade para meninos e meninas.
Por Redação do ge
João Pessoa
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Seu comentário será publicado em breve após ser analisado pelo administrador