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sábado, 28 de setembro de 2024

Mudanças no Brasileiro, amistosos fortes e camisa especial para a Copa: os planos da CBF para o futebol feminino

Presidente da CBF entrega taça de campeão brasileiro de 2024 ao Corinthians (Foto: Rafael Ribeiro / CBF)
A Copa do Mundo feminina de 2027 está confirmada no Brasil, e a CBF busca esse estímulo para desenvolver ainda mais o futebol feminino no país. A movimentação começa com algumas mudanças a serem sugeridas para 2025 no campeonato nacional. A ideia da entidade é fortalecer as Séries A1 e A2.
O presidente Ednaldo Rodrigues assegura que a sugestão será passada aos times para que eles também opinem sobre as mudanças. Com o novo desenho proposto, primeira e segunda divisão teriam 20 clubes cada, em vez de 16. O objetivo é dar mais competitividade aos torneios.
- Tudo está acontecendo de forma gradativa, e a CBF olhando com muita atenção o movimento do futebol feminino para o seu crescimento. Não para abrigar um time de camisa que tenha caído e uma competição, mas para fortalecer essa competição para que eles possam estar jogando dentro de uma alta performance. Acho que é muito agressivo caírem quatro clubes de 16. Eu gosto muito de isonomia e, se temos competições que são 20 clubes para cair quatro, essa proporcionalidade não estava existindo nos campeonatos. Em 16 e caindo quatro, é lógico que cai a qualidade daquelas que sobem. Não desmerecendo, mas nunca vêm no patamar de quem vem investindo bastante. A CBF tem tratado dessa situação com a diretoria de competições. Estão fazendo um estudo do que gostaria de ter, juntamente com uma competição que fosse de acesso para clubes da Série A1 - afirmou Ednaldo Rodrigues.
Caso essas mudanças sejam aprovadas pelos clubes, os novos formatos começam em 2025. A ideia a ser proposta é um torneio seletivo no começo do ano com o objetivo de preencher as vagas a mais que seriam criadas em cada uma das divisões. Além disso, a Supercopa do Brasil segue no calendário - com a classificação oriunda dos estaduais. A CBF também irá aumentar a premiação às equipes e as cotas de participação. Para o dirigente, isso não é visto como um sacrifício e sim investimento.
- A CBF pretende fazer uma alteração para melhor para ter 20 clubes na Série A e 20 clubes na Série B. O diretor de competições está agora mais envolvido com a questão do calendário que a Conmebol disponibilizou recentemente, ele está estudando esse calendário e depois iremos discutir esse assunto com todas as equipes que envolvem o futebol feminino para não apenas nós acharmos que isso é bom, mas eles também terem o direito de opinar - comentou.
Outro passo proposto pela entidade será estimular mais as federações em prol do futebol feminino. A CBF quer que as 10 primeiras federações do ranking tenham, além de campeonatos estaduais com séries A e B, ao menos mais um campeonato sub-15 ou sub-17.
- Primeiro temos tentado mostrar a obrigação do gestor de fazer a inclusão do futebol feminino. Isso não é só culpa das federações, em momentos ficou evidente que alguns clubes tinham o futebol feminino como sacrifício. Tem que ter orgulho de ter equipe feminina. Os passos que estamos dando são de uma forma que seja linear. Que eles não deixem de ter a Série A, mas queremos mais. Pegarmos as 10 principais federações no ranking e dizer "você tem que ter a Série A que já tem, é obrigatório ter a B, mas também queremos que tenha uma competição de base, sub-17, sub-15". Vai estar fazendo sempre a renovação dessas atletas. E isso a CBF bancando a competição. Já há um projeto que a CBF fez, o CBF Transforma. Para que a gente possa estar sempre crescendo com o futebol feminino e as 10 primeiras federações no ranking terem A e B e uma competição de base, algumas já têm, entre 15 e 17 anos - disse o dirigente.
As ações da CBF também foram um ponto a mais para a vitória em relação à candidatura para a Copa do Mundo de 2027. Ednaldo Rodrigues comentou que fez questão que a organização da candidatura ocorresse separada do dia a dia da CBF, para que fosse um projeto independente de amarras da entidade. Além disso, pediu que o grupo fosse formado totalmente por mulheres. A parte que lhe coube foi correr atrás dos votos.
- Quando reivindicamos a candidatura do Brasil para a Copa do Mundo feminina em 2027, a primeira coisa que fizemos foi fazer um grupo de trabalho apartado aqui da CBF, do dia a dia. Fizemos questão de colocar só mulheres, foi um projeto vitorioso e sem nenhuma ingerência da presidência. A minha incumbência foi trazer votos. Isso tive que fazer e foi praticamente uma semana sem dormir na Tailândia. Eu tinha que estar conversando com todas as coirmãs, as confederações. Não foi fácil. Agradecer muito a todos que votaram. Tivemos votos até da Europa na nossa candidatura. E Ásia e África que foram os que definiram em favor do Brasil - disse o presidente da CBF.
Vencida a disputa, começam as conversas com a Fifa sobre a competição. Vistoria das estruturas, estádios, centros de treinamento. Para o dirigente, o Brasil tem todos esses fatores nas melhores condições. Ele garante que será a Copa do Mundo da cidadania, do respeito à mulher e da luta contra o racismo.
- Eu falei lá para o Infantino. Temos os melhores estádios, que vêm desde a Copa masculina de 2014, muitos melhoraram, surgiram outras arenas como do Atlético-MG, outros estádios como o Mangueirão. Queremos fazer a Copa do Mundo da cidadania. Uma Copa do Mundo do respeito à mulher, uma Copa do Mundo que tenha o desenvolvimento do futebol feminino. Não é só para ter um CT, mas toda a estrutura de colocar essas meninas de uma forma psicológica, pedagógica. Nós não queremos que no final tire uma foto do estádio cheio e a equipe que foi campeã. Não queremos que seja essa a Copa do Mundo no Brasil. Queremos que a Copa do Mundo feminina no Brasil seja uma Copa cidadã e trabalharmos cada vez mais no combate a todo tipo de discriminação, combate ao racismo, combate ao desrespeito às mulheres. É essa Copa do Mundo que a gente quer, e a Fifa comunga com o pensamento da CBF - afirmou.
A seleção feminina também entra nesse grande projeto. O sonho é alto na busca de um título em casa. E para isso a CBF planeja amistosos de peso para testes fortes. Nas próximas duas datas Fifa, Colômbia, em outubro, e Austrália, em novembro, serão as rivais. O Brasil também já tem confirmada a participação na She Believes do próximo ano e amistosos projetados contra Espanha e França.
- Nosso pensamento é o mesmo tratamento que estamos dando à seleção masculina, quando saímos de uma situação, com todo respeito, de mesmice, jogos com seleções muito aquém do ranking e que tivemos que entrar pessoalmente nessa situação para trazermos adversários qualificados, como foram Espanha, Inglaterra, México, Estados Unidos. Assim vai ser no feminino. O pensamento da presidência é que tenhamos jogos que exijam da gente, testes fortes para ir aprimorando. Nesses jogos que a gente descobre os erros e que se procura corrigi-los.
- Quando jogamos com uma seleção que não tem essa exigência a gente vai achar que está tudo bem. Goleada, vai ganhando todos os jogos e quando chega na competição ela não se encontra. É isso que nós queremos, queremos ser testados. Não importa que possamos perder, temos que nos preparar para não perder quando estivermos disputando a competição - disse Ednaldo Rodrigues.
Questionado ainda se está no planejamento em relação à seleção feminina a ideia de ter uma camisa especialmente desenhada para jogar a Copa em casa, o dirigente garantiu que sim:
- Tudo está sendo bem organizado e esse projeto vai passar por esse grupo de trabalho que está conosco na organização da Copa inclusive pela Fifa. Pretendemos, sim, ter uma camisa especial que possa simbolizar essa Copa aqui.
A seleção feminina tem como próximo compromisso dois amistosos diante da Colômbia, em Cariacica, no Espírito Santo, nos dias 26 e 29 de outubro. O técnico Arthur Elias irá anunciar a convocação no próximo dia 4.

ge
Rio de Janeiro

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