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quinta-feira, 8 de agosto de 2024

Conheça a história do judô brasileiro, campeão de medalhas em Olimpíadas

Bia Souza conquistou primeira medalha de ouro do Brasil em Paris 2024 (Foto: Rodolfo Buhrer/Eurasia Sport Images/Getty Images)
O japonês Jigoro Kano criou o judô em 1882. Ele queria uma evolução do jiu-jitsu japonês que criasse uma filosofia de vida baseada em disciplina, amizade e respeito. Para difundir o esporte, o mestre determinou que alguns de seus discípulos viajassem pelo mundo para apresentar o esporte. A palavra japonesa judô significa algo como caminho suave
Mitsuyo Maeda, um dos discípulos de Jigoro Kano, chegou ao Brasil em 1914, desembarcou em Porto Alegre e percorreu o país fazendo desafios de lutas até fincar raízes em Belém. Ele criou para ele próprio o apelido de Conde Koma, para lutar incógnito na Espanha. Com apenas 1,64m de altura, chegou a ser chamado de “o homem mais forte que já existiu”. Foi ele quem também desenvolveu a ramificação que deu origem ao estilo conhecido como jiu-jitsu brasileiro, amplamente divulgado por Carlos Gracie.
Demorou para que o judô vingasse no Brasil. Foi no final da década de 1930 que outro imigrante japonês, Rizuo Ogawa, abriu uma academia e começou a difundir o esporte para além da comunidade japonesa. Os brasileiros procuravam o judô para que seus filhos aprendessem a se defender, mas com respeito e disciplina.
O judô entrou para o programa olímpico em 1964, como esporte de demonstração nos Jogos de Tóquio. Em 1969, foi criada a Confederação Brasileira de Judô, e em 1972 um japonês naturalizado brasileiro Chiaki Ishii, ganhou a primeira medalha olímpica, a de bronze na categoria meio-pesado, inaugurando a tradição do esporte
Em Los Angeles 1984, o Brasil conquistou três medalhas, duas de bronze, com Walter Carmona e Luís Onmura, e prata com Douglas Vieira. Desde então, em todas as edições de Jogos Olímpicos o judô ganhou medalhas. As mulheres começaram a competir nas Olimpíadas em 1992, em Barcelona. A primeira mulher brasileira a ganhar uma medalha no judô foi Ketelyn Quadros, bronze, em Pequim 2008.
As 28 medalhas conquistadas até agora colocam o judô brasileiro como a quinta potência olímpica deste esporte, atrás apenas de Japão, França, Coreia do Sul e Cuba. O estilo brasileiro de judô é herdeiro do japonês. Baseia-se nas técnicas de combate no chão e é considerado um dos estilos mais bonitos do esporte. A qualidade do judô brasileiro deve-se à excelente formação proporcionada pelos primeiros mestres japoneses que chegaram ao país, que treinaram ótimos senseis (mestres) brasileiros em academias e clubes sociais.
O esporte não esteve imune aos escândalos políticos e de corrupção. Durante muitos anos, a família Mamede se comportou como “dona” do judô brasileiro. Joaquim Mamede e seu filho Joaquim Mamede Jr. comandaram a Confederação Brasileira do Judô com mão-de-ferro por duas décadas. Denúncias apresentadas por atletas no final dos anos 1990 levaram à condenação de Joaquim Mamede pelo Tribunal de Contas da União por desvio de verbas envolvendo compras de passagens aéreas. Ele morreu em 2015.

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