Lênin Correia renuncia à presidência do Campinense

Lênin Correia, ex-presidente do Campinense (Foto: Reprodução / TV Cabo Branco)

O empresário Lênin Correia anunciou na tarde desta sexta-feira a sua renúncia à presidência do Campinense. O dirigente assumiu o comando da Raposa em novembro de 2023, após uma eleição repleta de idas e vindas judiciais e políticas. A decisão foi divulgada em uma carta escrita pelo, agora, ex-presidente do Clube Cartola.

A renúncia de Lênin Correia era algo que já se esperava, com o desgaste que o seu mandato vinha tendo. A presença do dirigente no comando executivo da Raposa passava por uma grande taxa de desaprovação entre a torcida, já que o time não chegou nem perto de cumprir seu objetivo no Campeonato Paraibano, única competição disputada pelo Rubro-Negro em 2024.

Vale lembrar que a permanência de Lênin Correia na presidência do Campinense acontecia por força de uma liminar judicial. Com a renúncia do mandatário, o comando executivo da Raposa passa para o vice-presidente do clube, Flávio Torreão.

Neste dia de hoje, vejo que o melhor para a instituição é o encerramento do trabalho que iniciei em novembro de 2023. Fico na torcida por dias melhores da gloriosa Raposa Feroz, por um melhor futuro ao Campeão do Nordeste.

— Lênin Correia

Chegada de Lênin à presidência do Campinense

A eleição que conduziu Lênin Correia à presidência do Campinense foi bastante conturbada. Em um primeiro momento, o escolhido para comandar o biênio na Raposa foi Rômulo Leal. No entanto, após uma série de idas e vindas judiciais, o pleito teve um complemento com 19 sócios passando a integrar a lista de aptos a exercer o direito de voto no Renatão.

Com o complemento da eleição, Rômulo Leal foi ultrapassado por Lênin. No entanto, ainda demorou bastante para que o presidente eleito assumisse o poder, já que o pleito, que aconteceu no dia 1º de novembro, ficou sob judice até a posse da nova diretoria, que só aconteceu no dia 10 do mesmo mês.

O mandato de Lênin Correia acumulou momentos turbulentos do início ao fim. Em campo, o Campinense foi eliminado, mais uma vez, ainda na 1ª fase do Campeonato Paraibano, impedindo que o clube conquistasse o tão sonhado calendário nacional para a temporada 2025.

Fora dos gramados, a situação nos bastidores do Renatão também foram conturbados durante a gestão de Lênin Correia. No dia 13 de fevereiro, parte dos jogadores do elenco rubro-negro decidiu iniciar uma espécie de greve, alegando atrasos nos salários. As atividades no CT do Campinense só foram retomadas após a intervenção do presidente, que conversou com os atletas.

A última crise que marcou a gestão de Lênin Correia foi o protesto feito por funcionários do Renatão, que também alegavam salários atrasados. Uma parte dos trabalhadores se concentrou em frente ao CT do Campinense e registrou um apelo que foi publicado nas redes sociais. Na época, o mandatário do clube rebateu as manifestações dizendo que era uma organização política para forçar a sua renúncia.

Por Gabriel Abdon* 

ge Campina Grande, PB

*Estagiário sob supervisão de Cisco Nobre