Tenente-coronel Alisson Figueiredo, comandante do 10º Batalhão da PolÃcia Militar de Campina Grande (Foto: Reprodução / TV ParaÃba) |
Torcidas organizadas de Treze e ABC protagonizaram na quarta-feira (21), após os times se enfrentarem pela primeira fase da Copa do Brasil, mais um episódio lamentável no histórico de violência atrelada ao futebol. Confrontos envolvendo os dois lados aconteceram antes, durante e depois de a bola rolar no Estádio Amigão, em Campina Grande, interior da ParaÃba, deixando um homem hospitalizado.
Muitas confusões foram registradas antes mesmo de a bola rolar para Treze x ABC no Amigão. Assim que o jogo acabou, houve um princÃpio de tumulto nas arquibancadas, mas o confronto entre as duas torcidas logo foi contido pela PolÃcia Militar. Acontece que esses tumultos continuaram no entorno do estádio, onde dois torcedores foram fortemente agredidos. Um deles precisou ser hospitalizado.
O jovem de 24 anos de idade deu entrada no Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande por volta das 23h30, com lesões principalmente concentradas nas áreas do torax e da cabeça. Ele foi sororrido e submetido a exames na unidade hospitalar e não corre risco de morte.
O que diz a PM?
Comandante do 10º Batalhão de PolÃcia Militar de Campina Grande, o tenente-coronel Alisson Figueiredo explicou como se deu o confronto entre as torcidas de Treze e ABC.
— Após o término do jogo, com a desclassificação do Treze, esses criminosos, que estavam na Arquibancada Sol, foram em direção à Arquibancada Sombra, com o intuito de agredir, de entrar em luta com os torcedores do ABC, que até então estavam tranquilos nas arquibancadas. Para que isso não ocorresse, o nosso Pelotão de Choque fez uso dos agentes não letais (granadas, gás lacrimogêneo), para que houvesse a dispersão desses indivÃduos. Isso durou mais ou menos 40 minutos, foi feita a dispersão com êxito, e foram apreendidos alguns artefatos explosivos fabricados por eles mesmos. Isso será devidamente encaminhado ao nosso Ministério Público, ao Nudetor. E estamos solicitando uma reunião para a próxima semana para dirmir essa questão de entrada de torcidas organizadas, que não fazem jus aos clubes que, por fim, elas queiram representar — explicou o tenente-coronel.
Figueiredo ainda revelou que pedirá ao Ministério Público que a entrada de torcidas organizadas em estádios seja proibida em Campina Grande.
— Estaremos encaminhando um relatório ao Ministério Público, com materiais apreendidos, com tudo o que ocorreu na noite de ontem, para que, dentro da nossa avaliação, não seja mais permitida a presença de torcidas organizadas dentro dos estádios de futebol, até que eles entendam realmente que a visão de torcer pelo seu clube seja diferente — acrescentou o tenente-coronel.
— Os confrontos ocorrem porque essas torcidas, primeiro, se dirigem aos estádios, já com a intenção de, ou antes ou depois dos jogos, realizar esses confrontos. Tanto torcidas que se dizem organizadas do Treze, como também do Campinense. Diante dessa nossa posição, entendemos que eles não devem adentrar aos estádios, ou pelo menos não devidamente identificados. Nas experiências anteriores que houve aqui em Campina Grande, o jogo foi bem mais tranquilo. Da forma como eles se comportam, nós não toleramos essa posição e vamos ser firmes em relação à nossa conduta. Nós não fazemos meia segurança, queremos fazer a segurança completa — emendou.
Em campo, Treze e ABC empataram por 1 a 1; o resultado eliminou o time paraibano, dono da casa, e classificou a equipe potiguar para a próxima fase da Copa do Brasil.
Por Redação do ge
Campina Grande, PB
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