Beraldo nos tempos de base no XV (Foto: Arquivo Pessoal) |
O XV de Piracicaba deve ganhar um importante reforço no caixa com a iminente venda de Beraldo ao PSG, da França, por 20 milhões de euros (cerca de R$ 107 milhões).
Com a negociação do zagueiro do São Paulo, criado na base do Nhô Quim, o clube alvinegro espera obter mais de R$ 20 milhões.
O XV monitora a situação e espera lucrar de duas formas: porcentagem dos direitos econômicos e mecanismo de solidariedade da Fifa.
O zagueiro jogou na base do Nhô Quim de 2018 a 2019, antes de se mudar para o São Paulo. Na transferência, o clube piracicabano ficou com 20% dos direitos econômicos do jogador.
Recentemente, o XV declinou de uma oferta do próprio São Paulo de aproximadamente R$ 2 milhões pela participação nos direitos econômicos. Agora os dirigentes vislumbram receber até 10 vezes esse valor e fazem planos para o futuro.
O exemplo do Mirassol
Em entrevista recente ao ge, o presidente do XV, Luís Guilherme Schnor, estimou despesas anuais do clube em aproximadamente R$ 8 milhões. A venda de Beraldo bancaria a equipe por duas temporadas, mas a ideia é "mudar de patamar", como afirma o próprio dirigente.
O modelo a ser seguido também envolve o São Paulo. Na venda do atacante Luiz Araújo ao Lille, da França, o Mirassol recebeu aproximadamente R$ 7,7 milhões e investiu na construção de um novo Centro de Treinamento, elevando seu nível competitivo e brigando por classificação no Paulistão e na Série B.
O XV espera a concretização da venda de Beraldo para reunir o Conselho e discutir o planejamento a partir do dinheiro a ser recebido. A reportagem apurou que o primeiro passo será zerar dívidas com parceiros que ajudaram no pagamento de salários e contratações de jogadores nos últimos anos.
A reforma do Estádio Barão da Serra Negra ou construção de um novo CT também estão em pautas, mas passam pelo aval dos conselheiros do clube.
Além da porcentagem fixa dos direitos econômicos de Beraldo, o XV deverá ter direito a mais 1% do valor da negociação pelo mecanismo de solidariedade da Fifa. Isso leva em conta o período em que o jogador esteve no clube formador.
Ao todo, de acordo com números preliminares da negociação, o Alvinegro pode lucrar cerca de R$ 22,5 milhões. Seriam R$ 21,4 milhões relativos aos 20% fixados dos direitos econômicos e outros R$ 1,07 milhão por 1% do mecanismo de solidariedade da Fifa.
Por Redação do ge
Piracicaba, SP
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