Ele nasceu na cidade sertaneja de Pombal PB, foi batizado e registrado por seus pais com o nome de JOSÉ GOMES DOS SANTOS, mas para o mundo da bola ele ficou conhecido por “SABARÁ”, em homenagem ao atleta que foi ídolo do Clube de Regatas Vasco da Gama.
O nosso “SABARÁ” foi um atleta muito versátil com a bola nos pés, conseguindo jogar em várias posições dentro do gramado, podendo ser escalado em todas as posições do meio de campo, jogava de centroavante e também, se necessário, de zagueiro. Ele possuía um toque de bola preciso e milimétrico associado a um chute certeiro que surpreendia os goleiros. Marcou muitos gols. Exímio cobrador de faltas e penalidades. Logo cedo se destacou nos times juvenis da cidade de Campina Grande PB, chegando a marcar, jogando por uma equipe amadora, o primeiro gol do antigo estádio Municipal Plínio Lemos, em jogo preliminar de Treze Futebol Clube e o Esporte Clube Bahia, realizado e vencido pelo esquadrão baiano no dia 26/07/55.
Sabará integrou profissionalmente o bom e extinto time do Paulistano Esporte Clube, jogou no Campinense Clube e também no rival Treze Futebol Clube, todos da cidade de Campina Grande; esteve em uma temporada no Nacional Atlético Clube da cidade de Patos e no extinto rubro-negro Esporte Clube União da cidade de João Pessoa. Na década de 60, ele encerrou a sua carreira de jogador profissional com 34 anos de idade.
Com a experiência que adquiriu dentro dos gramados, SABARÁ foi ser treinador de futebol, tendo dirigido a seleção universitária da antiga Universidade FURNE, onde conquistou vários títulos universitários. Também teve a oportunidade de comandar tecnicamente as equipes profissionais da Sociedade Cultural Recreativa de Monteiro SOCREMO e do Campinense Clube. Finalmente, ele também comandou as categorias de base da Raposa, do Everton Esporte Clube e da AGAPE.
Quando se afastou dos gramados, SABARÁ abriu um bar denominado de “Sabará Bar” onde os amigos e ex - atletas gostavam de comparecer para colocarem o papo em dia e visitar o amigo e proprietário do local. Ali, naquelas mesas as estórias fluíam com muita simplicidade, alegria e descontração. Outro local da Rainha da Borborema que o nosso homenageado frequentava assiduamente era o famoso calçadão da Cardoso Vieira, a denominada capital da República de Campina Grande. Ele era sempre visto no meio das rodas dos amigos, sorridente e sempre disposto a contar as suas façanhas da época de atleta e de treinador.
Quando foi agora recente, precisamente no dia 17 de julho do fluente ano, o nosso homenageado, que enfrentava problemas cardíacos, foi a óbito no hospital João XXIII, deixando um enorme legado para os amantes do nosso futebol. Ele é mais um daqueles jogadores de uma época romântica de nosso futebol formada por abnegados que jogavam por amor ao esporte.
Para nós torcedores, cronistas e desportistas paraibanos ficou a certeza de que o senhor JOSÉ GOMES DOS SANTOS, o popular “SABARÁ” escreveu o seu nome com tintas douradas e perpétuas na brilhante história do futebol paraibano.
SERPA DI LORENZO
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