Romarinho quando era da base do Palmeiras (Foto: Divulgação) |
Romário Hugo dos Santos, um dos envolvidos na quadrilha acusada de manipular jogos no futebol brasileiro, chegou a ter carreira como atleta. Ele há pouco mais de dez anos era conhecido como Romarinho e visto como uma das grandes apostas do Palmeiras.
Ex-atacante, ele teve vÃnculo com o Verdão de 2009 a 2013, perÃodo em que o clube ainda não tinha a atual relevância nas categorias de base. A torcida tinha muita expectativa em vê-lo no profissional, mas isto não chegou a acontecer.
Romarinho passou por times como Atibaia, Atlético Sorocaba, Ypiranga, Passo Fundo, Guaratinguetá e Ponte Preta. Seu último registro como jogador é em 2019, pela Macaca.
Em 2016, o então atacante concedeu entrevista para a ESPN em que lembrou de sua trajetória frustrada no Palmeiras. Ele diz que lhe faltou maturidade, mas detonou também a diretoria da época, inclusive o Ãdolo César Maluco, que trabalhava com a base alviverde.
– Foram vários interesses diferentes, do clube e meus. Da minha parte, faltou foco e maturidade. Festas também (atrapalharam)... Acho que eu tinha tudo para conseguir fazer meu nome no Palmeiras, mas não vejo só os meus erros. Na minha época, havia pessoas no comando que não mereciam estar ali. E deixei isso bem claro para todos. E a verdade machuca. Esse foi um dos motivos da minha saÃda – contou.
– Ele (César Maluco) não fede nem cheira. Ficou tão pouco tempo lá que não significou nada. Como jogador, marcou. Mas como dirigente não merece nem a quarta divisão. Pelo pouco que convivi, não merecia estar lá – acrescentou.
Procurado pelo ge, César Maluco lembrou que chamava a atenção de Romarinho durante o perÃodo no Palmeiras por atos de indisciplina. De acordo com ele, só o multou por conta destes atos, que atrapalharam sua passagem pelo Verdão.
Nas gestões seguintes, o clube passou por uma grande reformulação no seu departamento de base e agora é um dos principais formadores do futebol brasileiro.
Romário Hugo dos Santos hoje é réu na Justiça e investigado pela Operação Penalidade Máxima II, tocada pelo Ministério Público de Goiás. O ex-jogador é acusado de "dar vantagem patrimonial indevida com o fim de alterar o resultado" de jogos do Campeonato Brasileiro do ano passado.
Em novembro do ano passado, Romarinho entrou em contato com Eduardo Bauermann, do Santos, para combinar o recebimento de cartões nos jogos contra o Avaà e Botafogo. O zagueiro recebeu R$ 50 mil, mas não cumpriu com o acordo na primeira partida.
No jogo contra o Botafogo, no Rio de Janeiro, Bauermann recebe o cartão vermelho, conforme combinado com a quadrilha. No entanto, a advertência aconteceu após o apito final, o que não é considerado por algumas casas de apostas.
Com o prejuÃzo no esquema, Romarinho cobrou Eduardo Bauermann pela restituição dos valores perdidos pelos apostadores. O ex-jogador teria ameaçado o zagueiro do Santos e, dias mais tarde, costurado um acordo para receber R$ 1 milhão em 20 prestações.
Além disto, Romarinho é dono de uma loja de carros com grande atuação entre jogadores e ex-jogadores de futebol.
ge São Paulo
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