Robinho empatou e levou a disputa para uma série histórica (Foto: Rafael Vieira/FPF) |
Numa disputa de pênaltis surreal, com 34 cobranças ao todo, o Salgueiro venceu por 14 x 13 e se classificou para a semifinal do Campeonato Pernambucano. Embora o favoritismo do Náutico fosse considerável, o carcará também fez valer a sua tradição e chegou ao G4 pelo 10º ano seguido, mais do que qualquer outro time no período, incluindo o trio de ferro.
Em relação às penalidades, num ritmo jamais visto no futebol local, doze jogadores chegaram a bater duas vezes na noite, incluindo Matheus Cocão, que acabou parando no goleiro Everton e encerrando o duelo pelas quartas de final nos Aflitos. O timbu, que viu ruir o sonho do tricampeonato, chegou a ter duas cobranças para fechar, mas desperdiçou com o goleiro Vágner e com o lateral Diego Matos. Quanto ao Salgueiro, numa frieza daquelas, foram 14 conversões em 17 tentativas. Isso já depois de um jogo sofrido no tempo normal.
O 1º pênalti perdido na noite
Com a bola rolando, o Náutico teve 63% de posse e finalizou muito mais que o time visitante, com 17 x 5, sendo 7 x 3 nos chutes certos. Apesar da vantagem folgada no scout, o alvirrubro não definiu o resultado. Demorou a abrir o placar, com Souza convertendo um pênalti no último lance do 1T, e depois, aos 13/2T, perdeu o primeiro pênalti do jogo, com Jael desperdiçando a chance de fazer 2 x 0 – mandou na trave. Pior, depois tomou o empate, com Robinho pegando um rebote do goleiro Vagner, numa rara falha nesta campanha.
Nos tiros livres após o 1 x 1, o Salgueiro completou o “ciclo” de classificações na capital. Esta foi a 3ª vez em que o clube viajou 513 quilômetros e eliminou um grande nos pênaltis. Em 2020, na final, venceu o Santa Cruz no Arruda, por 4 x 3, e ergueu a taça. Em 2022, nas quartas, tirou o Sport na Ilha ao fazer 4 x 2. Agora em 2023, de novo nas quartas, despachou o Náutico nos Aflitos por 14 x 13, com mais cobranças que a soma das séries anteriores.
A sequência decisiva do Salgueiro
Novamente classificado à semifinal do Estadual, o carcará voltará a campo no sábado, às 16h30. Em outra disputa em jogo único, enfrentará o Retrô na Arena Pernambuco. Após se classificar ao mata-mata na última rodada da 1ª fase e surpreender o atual campeão dentro do Eládio, o Salgueiro comandado por Marcos Tamandaré agora chega com outra cara.
Escalação do Náutico
Vágner; Diego Ferreira, Paulo Miranda, Odivan e Diego Matos; Jean Mangabeira (Matheus Cocão), Victor Ferraz (Fernando Neto) e Souza; Alisson Santos (Régis Tosatti), Paul Villero e Jael (Júlio). Técnico: Dado Cavalcanti
Escalação do Salgueiro
Everton; Gabriel Fonseca, Leonardo, Wesley e Denilton; Hebert (Anderson Recife), Gaspar e Pedro Talisca (Pedro Gustavo); Palominha, Robinho, e Odilávio (Bartolomeu). Técnico: Marcos Tamandaré
Histórico geral de Náutico x Salgueiro
40 jogos (todos os mandos)
21 vitórias alvirrubras (52,5%)
8 empates (20,0%)
11 vitórias salgueirenses (27,5%)
Salgueiro na era do mata-mata do PE
2010 – Não se classificou (8º lugar)
2011 – Não se classificou (6º lugar)
2012 – Semifinal (3º lugar)
2013 – Não se classificou (11º lugar)
2014 – Semifinal (3º lugar)
2015 – Final (vice)
2016 – Semifinal (4º lugar)
2017 – Final (vice)
2018 – Semifinal (4º lugar)
2019 – Semifinal (4º lugar)
2020 – Final (campeão)
2021 – Semifinal (3º lugar)
2022 – Semifinal (4º lugar)
2023 – Semifinal (a disputar, vs Retrô)
Fonte: Cássio Zirpori
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