Apostador Bruno Lopez de Moura é solto em São Paulo (Foto: Reprodução) |
Investigado pela Justiça na operação "Penalidade Máxima", o apostador Bruno Lopez de Moura foi solto em São Paulo na tarde deste domingo, após habeas corpus concedido pelo Tribunal de Justiça de Goiás. Ele cumpria prisão provisória desde o dia 14 de fevereiro.
Bruno é empresário de futebol, dono da BC Sports Management, e apontado pelas investigações como peça-chave do esquema que usava jogadores para fraudar resultados de jogos da Série B do Campeonato Brasileiro, favorecendo apostas esportivas de altos valores.
De acordo com o advogado de Bruno, Ralph Fraga, a soltura foi concedida porque a Justiça entendeu que sua liberdade não prejudica o andamento das investigações.
– Não havia mais qualquer requisito que fundamentasse a prisão do Bruno. Ele não colocaria em risco a instrução criminal, mesmo porque todos os mandados de busca e apreensão já cumpridos forneceram ao Ministério Público elementos suficientes, não estou falando que foram totais, mas até então suficientes para que o MP possa continuar as investigações.
– Nesse primeiro momento de investigação, que é o nascedouro de um eventual processo, o Bruno está sendo investigado por possível prática delituosa, ele ainda não está sendo acusado de nada. Não se produz prova, se produz indícios de autoria e materialidade. O momento de provas é posterior, durante um processo penal deflagrado, o que ainda não ocorreu e esperamos que não ocorra – disse Ralph.
Entenda o caso
Segundo o MP, há indícios de que o grupo atuou em pelo menos três jogos da Série B no final de 2022: Vila Nova x Sport, Criciúma x Tombense e Sampaio Corrêa x Londrina, todos pela rodada final da competição. Os investigados teriam movimentando mais de R$ 600 mil.
A investigação apontou que o grupo convencia atletas a manipular resultados nas partidas por meio de ações, como fazer pênalti no primeiro tempo dos jogos, entre outras táticas. Em troca, os jogadores receberiam parte dos prêmios de apostas feitas. A estimativa é que cada envolvido tenha recebido R$ 150 mil por aposta.
São investigados os jogadores Joseph, da Tombense, Romário, ex-Vila Nova, e Matheusinho, ex-Sampaio Corrêa e atualmente no Cuiabá. Um quarto jogador, Gabriel Domingos, do Vila Nova, também é investigado por ter supostamente cedido sua conta corrente para Romário receber valores.
Por Redação do ge
São Paulo
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