Técnico francês da Arábia que viralizou (e venceu Argentina) dá três dicas para França bater Messi

Hervé Renard "pistola" em vestiário da Arábia Saudita (Foto: Reprodução)

"Querem tirar foto com o Messi?".

Depois de viralizar com um discurso inflamado no intervalo de Argentina x Arábia Saudita, que motivou a surpreendente virada dos sauditas por 2 a 1 na estreia da Copa do Mundo, o técnico francês Hervé Renard reapareceu para dar dicas à seleção de seu país de origem.

Nascido na França, mas com sucesso em seleções da África e agora da Ásia, Renard deu três dicas ao jornal "L'Equipe" sobre como parar Messi e companhia. Veja abaixo:

Parar o "motor"

Para Renard, o volante Rodrigo De Paul é vital para o sistema de jogo argentino. O jogador é um dos suportes de Messi em campo e até "corre" pelo craque.

– Não focamos só em Messi, mas no conjunto. Tem que pressionar o De Paul, que, para mim, é um dos mais úteis para colocar Messi nas melhores condições. Ele é importante porque compensa muito o lateral-direito. Quando perdem a bola, De Paul está ali para fazer o trabalho defensivo – explicou.

Sem "fotos" com Messi

A marcação próxima ao camisa 10 é essencial. É preciso incomodar Messi, chegar junto, não deixá-lo respirar com a bola nos pés. E ainda assim, o craque pode produzir lances geniais.

– A prioridade era fechá-lo. Mobilizei meu lateral-esquerdo, meu zagueiro esquerdo e ao menos um volante. É a ele, aliás, que dou aquele grito no vestiário. Ele estava muito longe de Messi, e tem de estar próximo quando ele recebe a bola. Aí é que tem que desarmá-lo, a 35, 40 metros do gol. Não deve ter liberdade – explicou Hervé Renard.

– A Argentina não usa muito a profundidade, é uma equipe de posse e que atacará pelo meio com Messi. Arranca desde a direita para levar perigo. A França tem opções para fechá-lo, com Rabiot e Tchouaméni – completou.

Antecipar "segredos" de Scaloni

A Argentina quase não abre seus treinos no Catar, e o técnico Lionel Scaloni não repetiu a escalação uma vez sequer no torneio. Vantagem para Renard, que o enfrentou logo na estreia.

– Não gosto dos segredinhos de Scaloni, mas é um trabalho. Quando jogam quatro atrás, têm três volantes que trabalham duro para suprir Messi de imediato quando recuperam a bola. Paredes já foi titular, Enzo Fernández entrou com Mac Allister, Julian Álvarez... É uma das chaves da Argentina.

Por Redação do ge 

Doha, Catar