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terça-feira, 4 de outubro de 2022

Brasil se impõe pelas mãos de Gabi e derruba Itália no Mundial em jogo de 5 sets

Brasil festeja ponto contra a Itália (Foto: Divulgação/FIVB)
O caminho não era fácil. Do outro lado, Paola Egonu exigia um jogo no limite. Mas, ao encarar a maior favorita ao título, o Brasil não se assustou. Em um duelo tenso do início ao fim, a seleção se impôs na marra e pelas mãos de Gabi em Roterdã. Em 3 sets a 2, parciais 25/20, 22/25, 22/25, 25/21 e 17/15, a capitã marcou 30 pontos e liderou o time de José Roberto Guimarães a uma vitória de peso sobre a Itália, invicta até esta terça-feira.
A seleção volta à quadra nesta quarta-feira. O Brasil enfrenta Porto Rico, seu segundo rival nesta segunda fase, às 11h. O sportv2 transmite a partida ao vivo, e o ge acompanha tudo em tempo real.
Números do jogo
Maiores pontuadoras:
Paola Egonu (ITA): 37 pontos
Gabi (BRA): 30 pontos
Carol (BRA): 14 pontos
Pontos de ataque:
Brasil: 63 pontos
Itália: 64 pontos
Pontos de saque:
Brasil: 1 pontos
Itália: 3 pontos
Pontos de bloqueio:
Brasil: 14 pontos
Itália: 13 pontos
Pontos em erros adversários:
Brasil: 33 pontos
Itália: 26 pontos
1° set - Brasil ignora Egonu e sai na frente
A Itália abriu frente logo de cara. Em dois ataques seguidos de Tainara para fora, as rivais abriram 2/0. Aumentaram logo depois com um ataque de Pietrini. Só que o Brasil foi buscar na mesma velocidade. Foi a própria Tainara quem colocou a seleção à frente pela primeira vez, em 4/3. Foi um bom início. Egonu, tão temida, mandou para fora seu primeiro ataque, fazendo o Brasil abrir 8/5. Mas era cedo para festejar. O ponto de empate foi da oposta italiana, em 8/8.
Brasil leva o primeiro set por 25x20
O Brasil não se assustou. Com Gabi, marcou 10/8. No melhor rali do jogo, o time de Zé Roberto mostrou força. Uma pancada de Pri Daroit, que já havia feito bela defesa, abriu 13/10 no placar e obrigou o pedido de tempo do outro lado. A seleção manteve o ritmo. Em dois bloqueios seguidos de Carol, a seleção disparou em 21/17. Mais um pedido de tempo italiano, mas nada mudou. Gabi voou para ampliar na sequência. Quando a Itália ameaçou reagir, Zé Roberto parou. Funcionou. Pouco depois, Gabi voou para fechar a conta em 25/20.
2° set - Egonu cresce no jogo, e Itália empata o jogo
Pietrini abriu a conta no segundo set. Mas o Brasil passou logo em seguida, com um saque para fora das rivais e um belo bloqueio de Carol. A Itália, porém, voltou melhor. Não demorou a retomar a dianteira e a abrir 6/3 no placar depois de ataque de Egonu. Quando as rivais ampliaram na sequência em uma falha de posicionamento das brasileiras, Zé Roberto parou o jogo para arrumar a casa. Mas a Itália disparou e abriu 9/3 depois de uma bola para fora de Tainara.
Mas o Brasil voltou a crescer. Em dois bloqueios seguidos de Carol sobre Egonu, a diferença caiu para 11/9. Só que a Itália voltou a se impor. Ao desperdiçar ataques em sequência, a seleção voltou a estagnar no placar. No ponto de Pietrini, as italianas marcaram 17/11, e Zé Roberto parou mais uma vez. O Brasil melhorou. Lorenne engatou uma boa série no saque e fez a diferença cair para 22/19. A Itália parou mais uma vez. O Brasil até se manteve na briga, mas a Itália melhorou com a entrada de Sylla e fechou o set com Egonu após belo rali: 25/22.
Itália colocou no chão e levou o segundo set por 25x22
3° set - Brasil perde a mão, e Itália vira
Tainara explorou o bloqueio e abriu a contagem no terceiro set. Dois ataques seguidos da Itália para fora, com Pietrini e Egonu, fizeram o Brasil marcar 3/0. Na sequência, Gabi voou para marcar 4/0 no placar e obrigar o pedido de tempo do outro lado. A Itália ameaçou reagir, mas um bloqueio de Carol Gattaz fez o Brasil abrir 7/2. Aos poucos, porém, as italianas acertaram a mão para buscar. Um ace de Danesi deixou tudo igual em 9/9. A virada veio depois de um erro de Pri Daroit.
A partida, porém, seguiu equilibrada. A Itália conseguiu abrir dois pontos na reta final com Sylla, marcando 19/17. Em um saque de Egonu, Natinha e Pri Daroit bateram cabeça, e a Itália marcou 21/18. Zé Roberto parou o jogo mais uma vez. A seleção até conseguiu adiar o fim, mas não por muito tempo. A Itália acelerou e fechou o set mais uma vez com Egonu: 25/22.
Gabi na ponta crava no chão! - 3º set 19x21
4° set - Gabi chama o jogo, e Brasil força o tie-break
Na volta à quadra, o Brasil tentou voltar ao jogo. A Itália até saiu na frente. Mas Gabi deixou tudo igual ao afundar a bola na quadra rival. Tainara, na sequência, colocou o Brasil à frente em 7/6. A oposta, instável até ali, pareceu crescer. Marcou mais um em uma pancada pouco depois. Do outro lado, Egonu carregava as ações. Ao furar o bloqueio de Gabi e Carol Gattaz, fez 12/11. Mas o Brasil estava no jogo. E com Gabi em quadra. Foi pelas mãos da capitã que a seleção disparou: 16/13.
AULA de contra-ataque do Brasil! - 4º set, 23x19
A Itália pediu tempo para arrumar a casa. Mas o Brasil se manteve firme. Ao abrir quatro pontos no placar, a seleção pareceu reencontrar seu melhor momento. Quando as rivais fizeram a diferença cair para dois pontos, foi a vez de Zé Roberto parar o jogo. Deu certo. Depois de uma largadinha de Lorenne, o técnico brasileiro pediu o desafio no meio do ponto. Tinha a certeza de que a bola havia tocado no chão – e tinha razão. O Brasil ampliou na sequência com um ataque para fora de Egonu. Com 22/19 no placar, a seleção mostrou força e encaminhou o tie-break. No saque para fora de Egonu, tudo igual: 25/21.
5° set - Brasil se agiganta e fecha o jogo
No nervosismo do tie-break, tudo era possível. As duas seleções voltaram firmes, impedindo que a rival abrisse. Mas, no ponto de Carol Gattaz, o Brasil chegou a 8/6 na virada de quadra. Era preciso ir ao limite - e o Brasil entendeu isso. Ainda assim, a Itália chegou ao empate em 12/12. Zé Roberto parou o jogo. Na reta final, o jogo cresceu ainda mais em tensão. O Brasil chegou ao match point, mas o saque de Carol Gattaz foi para fora. Na segunda chance, o ataque de Egonu tocou no bloqueio e deixou tudo igual. Na terceira, porém, a vitória. Em bloqueio de Carol, 17/15 e vitória gigante sobre a Itália.

Por João Gabriel Rodrigues 
GE Roterdã, Holanda

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