Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF (Foto: Lucas Figueiredo/CBF) |
Durante o Seminário de Combate ao Racismo e à Violência no Futebol, o presidente da Fifa, Gianni Infantino, lamentou os recentes casos ocorridos no futebol brasileiro, como as ameaças recebidas por jogadores via redes sociais e os ataques a ônibus de times.
– É especialmente doloroso ver que a violência é direcionada por torcedores contra seus próprios times. Fiquei chocado ao ler sobre o caso do jogador que deixou o clube por ameaçås feitas à sua família – declarou Infantino em vídeo exibido na abertura do evento.
O dirigente não citou nomes, mas era uma referência ao caso do meia Willian, que recentemente deixou o Corinthians para voltar a jogar na Inglaterra. O motivo citado pelo jogador foi justamente o fato de sua família ter sido ameaçada por jogadores do clube.
Em outro trecho de sua fala, Gianni Infantino criticou – também sem especificar nomes – "os ataques aos ônibus das equipes" e os casos de "torcedores esperando no aeroporto para insultar jogadores ou invadindo centros de treinamento em razão de resultados negativos".
No início deste ano o ônibus do Bahia foi atacado por seus próprios torcedores. O goleiro Danilo Fernandes foi atingido e teve que ser hospitalizado. Presente ao evento da CBF nesta quarta-feira, o presidente do Bahia, Guilherme Bellintani, comentou a declaração do presidente da Fifa.
– É importante ver que esse caso que nos assustou enormemente na nossa cidade tenha ganhado repercussão mundial. Quanto mais repercussão, mais as pessoas vão se movimentar para proteger o futebol desse tipo de ataque.
Bellintani lamentou que os responsáveis pelo caso tenham sido indiciados apenas por "lesões corporais leves", algo que o próprio Bahia já havia criticado de maneira institucional.
– A conclusão da Polícia Civil da Bahia atesta que quem quiser jogar rojão num ônibus de time de futebol esta à vontade, é permitido. Esse caso é uma mancha no futebol brasileiro.
Gianni Infantino elogiou ainda a iniciativa da CBF de organizar um Seminário para tratar do assunto, e da Conmebol de ter aumentado as punições para casos de racismo nas competições sul-americanos.
Do GE
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