Equipe do Palmeirinha foi visitante da partida das oitavas de final Campeonato Ruralzão (Foto: Foto: Divulgação) |
O futebol amador é realmente uma caixinha de surpresas. Na última segunda-feira, uma partida válida pelas oitavas de final do Campeonato Ruralzão, na cidade de Monteiro, Cariri da Paraíba, precisou ser interrompida durante a disputa por pênaltis, por falta de iluminação natural e, claro, também por falta de refletores no local. O detalhe é que, quando o jogo foi suspenso, já haviam sido cobradas 32 penalidades, todas convertidas, e o placar apontava empate por 16 a 16.
O Campeonato Ruralzão vem agitando o futebol amador de Monteiro desde o dia 25 de maio, contando com um total de 39 equipes da região do Cariri paraibano. A previsão é que a final aconteça em novembro.
Um dos jogos das oitavas de final, entre Riacho do Meio e Palmeirinha, terminou com um empate em 1 a 1 no tempo regulamentar, precisando das cobranças de pênalti para que o classificado fosse definido. O que ninguém esperava é que os batedores estariam em uma tarde inspirada e que a disputa se arrastaria até o anoitecer. O problema é que no campo de terra onde aconteceu o jogo não há refletores, e o árbitro precisou interromper a partida após a 32ª penalidade, justamente porque escureceu. Erivan Rodrigues foi um dos bandeirinhas da partida e disse que nunca tinha passado por uma situação parecida.
— Estou há seis anos trabalhando na arbitragem aqui na região de Monteiro e nunca passei por algo assim. Ficou na história. Até os árbitros mais velhos aqui da região nunca ouviram falar em 32 cobranças de pênalti em um jogo só, principalmente porque nenhum foi para fora, foi bola na rede — disse o assistente.
Com a interrupção das cobranças de pênalti, a direção do campeonato definirá nesta quarta-feira como será decidido quem avança para as quartas de final.
No futebol profissional...
Apenas a título de comparação entre esse episódio no futebol amador e o que já aconteceu no profissional, no início deste ano, Atlético-MG e Flamengo disputaram a Supercopa do Brasil, e a definição de quem levantaria a taça acabou indo para os pênaltis. A longa disputa foi até a 24ª cobrança, porém com muitas chances desperdiçadas, terminando com um 8 a 7 para o Galo no placar.
Em 1987 também aconteceu algo parecido na final do Módulo Amarelo da Copa União (Campeonato Brasileiro da época), entre Sport e Guarani, que chegou até a 22ª cobrança de penalidade e foi interrompida pelas direções das duas equipes, que optaram por dividir o título do módulo.
A disputa nos pênaltis mais longa da história aconteceu em 2019, na Coreia do Sul, pelas quartas de final do Campeonato Nacional de Educação Secundária entre Yongin Taesung FC e Cheongju Daesung. Foram 62 cobranças, com o Taesung vencendo por 29 a 28.
Por Izabel Rodrigues
GE Monteiro, PB
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