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quarta-feira, 9 de março de 2022

Justiça da Suíça pede prisão do presidente do PSG e de ex-secretário geral da Fifa

Nasser al-Khelaïfi esteve na Suíça para tratar do julgamento sobre direitos televisivos (Foto: AFP)
O Ministério Público da Justiça da Suíça pediu 28 meses de prisão efetiva para o presidente do Paris Saint-Germain e da companhia beIN Media, Nasser Al-Khelaifi, no julgamento dentro do contexto do "Fifagate". As requisições foram proferidas na terça-feira à tarde perante o Tribunal de Recursos do Tribunal Penal Federal (TPF), na cidade de Bellinzona.
As autoridades suíças também pediram 35 meses de prisão para o antigo secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke. Os dois são acusados de um "acordo corrupto", feito às escondidas da Fifa, para a beIN Media ganhar os direitos de transmissão das Copas do Mundo de 2026 e 2030.
Porém, o episódio foi qualificado pelos magistrados como "suborno". Eles não podem ser condenados por corrupção privada, já que a Fifa retirou sua queixa sobre o caso em janeiro de 2020, após acordo com o presidente do PSG. Al-Khelaifi e Valcke sustentam que o acordo foi o mais vantajoso para a entidade máxima do futebol, com valorização de 60% das receitas em relação às Copas de 2018 e 2022.
No primeiro julgamento, o Tribunal Penal Federal da Suíça considerou que Valcke apoiou a atribuição dos direitos de TV ao canal beIN Sports em troca de uma mansão na Sardenha, Itália. Essa residência foi comprada por uma empresa de Al-Khelaifi no final de 2013, por cinco milhões de euros. Valcke admitiu que pediu ajuda ao empresário do Catar para financiar a casa.
Poucos meses depois disso, mais precisamente em abril de 2014, a Fifa assinou contrato com a beIN pelos direitos de transmissão dos Mundiais de 2026 e 2030 para a parte norte da África e Oriente Médio.
Ao contrário do julgamento em primeira instância, realizado em 2020, a promotora federal Cristina Castellote não solicitou a suspensão parcial da pena, mas sim o cumprimento de dois anos e quatro meses de prisão para Al-Khelaifi e quase três anos para Valcke.

Por Redação do GE
Bellinzona, Suíça

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