Ruthyanna Camila (Foto: Reprodução / TV Cabo Branco) |
O protagonismo das mulheres no futebol também chegou à arbitragem. Em 2020, a Confederação Brasileira de Futebol registrou recorde na escalação de árbitras e assistentes nas competições profissionais masculina, com 394 escalações contra 79 em 2010, o que representa um aumento de quase 400%. Este ano está marcado pelo maior número de profissionais presentes na Seleção Nacional de Árbitros (SENAF). A Paraíba também entrou esta semana para as estatísticas históricas com a primeira árbitra a apitar uma final da 2ª divisão Campeonato Paraibano. Ruthyanna Camila comandou a decisão da Segundona vencida nos pênaltis pelo CSP contra Sport Lagoa Seca depois do empate por 2 a 2 no tempo normal, em jogo disputado quinta-feira, no Almeidão.
— Eu não estou escrevendo só um capítulo da minha história. Eu estou escrevendo um capítulo da Paraíba, em visão nacional, em visão estadual. Então eu não estou escrevendo só para mim — declarou.
A presença de Ruthyana numa final de competição só foi possível porque ao longo de quase trinta anos desde a primeira arbitragem feminina, as mulheres têm demonstrado competência na condução das partidas, sejam como assistentes, sejam como árbitras. Não foi uma trajetória fácil, porque depois do primeiro jogo da Série A apitado por Sílvia Regina, em 30 de junho de 2003, quando Guarani e São Paulo se enfrentaram, a cena se repetiu em 2005 no jogo entre Fortaleza e Paysandu e somente 14 anos depois voltou a ocorrer uma partida comandada por uma mulher.
Ruthyana tem consciência do feito histórico para a arbitragem feminina na Paraíba e também no Brasil e incentiva outras mulheres a se dedicarem à função.
— Eu quero que venham mais depois de mim. Eu estou sendo a primeira, mas eu quero que venham mais — destacou.
Em âmbito internacional mais uma barreira foi rompida nesta temporada. Edina Alves e Neuza Back integraram primeiro trio feminino a comandar uma partida de futebol masculino da FIFA, durante o Mundial de Clubes de 2020. A dupla juntamente com Ana Paula Oliveira formaram a primeira equipe de arbitragem totalmente feminina na história da Libertadores, no jogo entre Defensa y Justicia e Independiente Del Valle, em maio deste ano.
O Brasil é atualmente, segundo estatística da CBF, o maior quadro internacional na Fifa de árbitras e assistentes, com seis mulheres em cada uma das funções.
Ruthyanna Camila se torna a primeira árbitra a apitar uma final no futebol paraibano
Por Redação do GE
João Pessoa
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