Hulk comemora primeiro gol do Atlético Mineiro (Gilson Junio/W9 Press/Estadão Conteúdo) |
O Atlético-MG está muito próximo de faturar o seu segundo título da Copa do Brasil. Neste domingo, uma semana após comemorar a conquista do Brasileirão e levantar a taça, goleou o Athletico-PR por 4 a 0 no Mineirão e abriu ótima vantagem para conquistar a taça. Hulk, Keno e Eduardo Vargas, duas vezes, marcaram os gols da partida.
O placar da decisão é inédito na história das finais da Copa do Brasil, iniciada em 1989. Desde então, nunca um time havia triunfado por 4 gols de vantagem em um jogo da decisão. E veio logo diante de um adversário que ainda não tinha perdido nesta edição do torneio, mas foi dominado por um Atlético-MG, com atuação brilhante. Intenso e objetivo, empolgou o seu torcedor, que já soltou o grito de bicampeão.
Com essa larga diferença, o Atlético-MG pode até perder por três gols de diferença na próxima quarta-feira, na Arena da Baixada, para vencer a Copa do Brasil e ser campeão nacional pela segunda vez em uma temporada praticamente perfeita, em que também faturou o Campeonato Mineiro.
Já o Athletico-PR terá uma tarefa complicada para conquistar a Copa do Brasil. O time paranaense precisará ganhar por 5 gols de diferença na decisão para levar a taça ou triunfar por 4 gols de vantagem para forçar a disputa de pênaltis na finalíssima.
Não será fácil para uma equipe que foi apática neste domingo, sendo dominada no Mineirão pelo Atlético-MG, que abriu 2 a 0 no primeiro tempo, com gols marcados por Hulk e Keno, dois dos heróis da conquista do Brasileirão. E sacramentou a vitória com os gols de Vargas, que substituiu o lesionado Diego Costa na etapa inicial, no segundo tempo.
A decisão da Copa do Brasil opunha dois campeões: o alvinegro mineiro, que nesta temporada venceu o Brasileirão, e o rubro-negro paranaense, que levou a taça da Sul-Americana. E como ambos estavam envolvidos na disputa da Libertadores, só estrearam na competição na terceira fase.
Em sua campanha, o Atlético-MG passou por Remo, Bahia, Fluminense e Fortaleza, chegando à terceira decisão da Copa do Brasil na sua história – foi campeão em 2014 e vice em 2016. Já o Athletico-PR eliminou Avaí, Atlético-GO, Santos e Flamengo. Também está em sua terceira final do torneio, tendo perdido a de 2013 e levantado a taça em 2019.
Nesta temporada, os clubes haviam se enfrentado duas vezes, ambas pelo Brasileirão, com triunfos da equipe mineira, por 2 a 0, em Belo Horizonte, e 1 a 0, em Curitiba. Agora, a goleada por 4 a 0 praticamente assegura o título da Copa do Brasil para o Atlético-MG.
Em relação ao time-base que conquistou o título brasileiro, o Atlético-MG não teve o zagueiro Nathan Silva, que disputou a Copa do Brasil pelo Atlético-GO. E como Réver está lesionado, Igor Rabello foi o escolhido por Cuca para atuar. Já no Athletico-PR, Alberto Valentim escalou uma formação com três zagueiros. E a novidade da formação foi a presença do atacante Renato Kayzer, recuperado de lesão.
Com essas escalações, o Athletico-PR até finalizou mais vezes – 7 a 4 – nos 45 minutos iniciais, mas foi dominado pela equipe mineira, que só levou alguns sustos nos minutos finais, quase sempre neutralizando o trio ofensivo composto por Kayzer, Nikão e Terans.
Agressivo, o Atlético-MG marcou a saída de bola do adversário e buscou ditar as ações desde o começo da partida, a ponto de o adversário só ter conseguido passar do meio-campo com a posse de bola no sétimo minuto. Porém, o time mineiro sofreu um revés ao perder Diego Costa, por lesão, aos 12 minutos, após sofrer duas pancadas – a segunda delas, inclusive, rendeu um cartão amarelo ao capitão Thiago Heleno que, suspenso, desfalcará o Athletico-PR na finalíssima.
Ainda assim, o Atlético-MG não demorou a abrir o placar. Após cruzamento de Zaracho, a bola tocou no braço de Léo Cittadini. A arbitragem assinalou pênalti, que Hulk bateu forte e rasteiro, no canto esquerdo, aos 23 minutos, marcando pela sétima vez na Copa do Brasil.
Quando o Athletico-PR buscava sair para o jogo, sofreu o segundo gol, aos 34 minutos. Dessa vez, Keno foi acionado por Zaracho na intermediária, driblando Erick e Léo Citaddini antes de finalizar. A bola entrou no cantinho direito da meta defendida por Santos.
Só aí o Athletico-PR conseguiu atacar, contendo a intensidade do time mineiro. Teve boas chances em jogadas de bola parada, sendo a principal delas uma cobrança de falta de Terans, defendida por Everson, que assim assegurou o placar 2 a 0 para o Atlético-MG na saída para o intervalo.
Com a vantagem, a etapa final se desenhava com o time mineiro mais cauteloso à espera do Athletico-PR. Mas o alto poder de marcação do Atlético-MG lhe garantia o controle da partida. E o terceiro gol veio após uma roubada de bola. Aos 11 minutos, Thiago Heleno saiu jogando errado, em cima de Hulk. Ele chutou cruzado, Santos não segurou a bola e Vargas empurrou para as redes.
Perdido em campo, o Athletico-PR não conseguia criar e era dominado pelo Atlético-MG que ameaçava nos contra-ataques. E praticamente definiu a decisão aos 23 minutos. Dessa vez, Hulk avançou livre, tabelou com Nacho e cruzou. Zaracho não finalizou, mas a bola sobrou para Vargas bater e marcar pela segunda vez na partida, fazendo 4 a 0.
Depois, o Atlético-MG praticamente só se preocupou em fazer o tempo passar. Não correu riscos, ainda desperdiçou oportunidades de marcar pela quinta vez, a principal delas já nos acréscimos, com uma cavadinha de Hulk.
O gol não saiu, mas não diminuiu a alegria da imensa maioria dos 53.381 torcedores que lotaram o Mineirão neste domingo e já soltaram o grito de bicampeão, comemorando o título do Brasileirão e adiantando a festa pela conquista da Copa do Brasil, que tem tudo para vir na próxima quarta-feira.
CNN
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