Juninho Paulista, coordenador da Seleção, e o técnico Tite (Foto: Bruno Cassucci) |
Com a vaga na Copa do Mundo do Catar praticamente garantida, a seleção brasileira planeja 2022 e trabalha com a possibilidade de fazer até seis amistosos antes do Mundial.
A realização de cinco partidas está assegurada. Serão três na data Fifa de junho e mais duas na de setembro.
O calendário permite a disputa de até quatro compromissos no meio do ano, mas a CBF entende que isso seria um exagero, pois haveria pouco tempo para treinamento e recuperação dos atletas entre os jogos.
O sexto amistoso depende da definição dos grupos da Copa. Caso caia em uma das últimas chaves (G ou H, por exemplo), a Seleção terá a estreia mais tardia, o que permitiria a disputa de um amistoso às vésperas do Mundial.
Isso será definido no dia 1º de abril de 2022, quando a Fifa realizará o sorteio dos grupos em Doha, capital do Catar. A Copa acontecerá entre os dias 21 de novembro e 18 de dezembro — é a primeira vez que o torneio será disputado no final do ano.
Há tempos o técnico Tite manifesta o desejo de enfrentar um adversário europeu, mas a CBF já admite a possibilidade de isso não ocorrer. O principal obstáculo é a Liga das Nações, competição que voltará a ser disputada no ano que vem, praticamente inviabilizando o agendamento de confrontos contra seleções do Velho Continente.
O coordenador da Seleção, Juninho Paulista, é quem cuida do tema. Embora reconheça as dificuldades, ele afirma ainda ter esperança de conseguir viabilizar um amistoso contra pelo menos um gigante europeu.
Em entrevista coletiva após a convocação da última sexta-feira, o técnico Tite afirmou que o adversário que ele mais gostaria de enfrentar é a Bélgica, algoz do Brasil nas quartas de final da Copa do Mundo da Rússia. Ele também manifestou desejo de encarar a Itália, atual campeã da Eurocopa.
Em meio a incerteza quanto a realização de embates contra europeus, a CBF busca adversários de outros continentes. A Argélia, atual campeã da Copa Africana de Nações, foi uma das seleções sondadas. Também há desejo de encarar equipes asiáticas.
A seleção brasileira ainda aguarda a definição da Fifa sobre o clássico suspenso contra a Argentina, que deveria ter sido disputado em setembro, e tem mais seis duelos das Eliminatórias pela frente. São eles:
11/11 - Colômbia, na Neo Química Arena
16/11 - Argentina, em San Juan
27/1 - Equador, em Quito
1/2 - Paraguai, no Mineirão
24/3 - Chile, na Arena Fonte Nova
29/3 - Bolívia, em La Paz
A última vez que a Seleção enfrentou um rival europeu foi em março de 2019, quando venceu a Tchéquia por 3 a 1. Já a última vez que não pegou adversários sul-americanos foi também em 2019, mas em outubro e novembro, nos empates por 1 a 1 contra Senegal e Nigéria, e na vitória sobre a Coreia do Sul por 3 a 0.
Por Bruno Cassucci
GE Rio de Janeiro
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