Foto: Ascom |
O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), afirmou que a cidade está na briga para receber o Mundial de Clubes deste ano. Após a desistência do Japão, que seria a sede do torneio, a Fifa estuda alternativas para a realização do evento, marcado para dezembro.
De acordo com Paes, no entanto, a articulação para que a competição seja disputada no Brasil não é fácil. Em transmissão ao vivo nas redes sociais, ele disse que há uma predisposição da Fifa em manter o certame na Ásia.
“Nós estamos trabalhando. É um desejo do Rio, já que o Japão cancelou a final lá. Seria superinteressante trazer para o Rio. Estou conversando com a CBF, com outros dirigentes, para ver o que conseguimos fazer”, declarou.
“Não é simples. Deve ter algo com os patrocinadores privados”, afirmou, referindo-se à predileção da Fifa por opções asiáticas. “Mas estamos trabalhando. Aí os flamenguistas estão crentes de que estou fazendo isso por eles, na sua mania de achar que estão em todas as finais”, brincou.
Torcedor do Vasco, Paes lembrou que o Flamengo está nas semifinais da Copa Libertadores, cujo campeão conquista vaga no Mundial. O time começará nesta quarta-feira (22) o confronto com o Barcelona de Guayaquil por uma vaga na decisão.
Há mais duas equipes brasileiras vivas na principal competição sul-americana. A outra semifinal é disputada entre o Atlético-MG e o Palmeiras, atual campeão.
Pesa contra a investida carioca a qualidade dos gramados, longe do chamado “padrão Fifa” exigido pela entidade que rege o futebol. Os campos brasileiros foram bastante criticados na última edição da Copa América, entre junho e julho.
No torneio entre seleções, foram usados no Rio de Janeiro o Maracanã e o Nilton Santos, conhecido como Engenhão. Seriam provavelmente esses os estádios indicados para o Mundial de Clubes, que reúne os campeões continentais.
A ideia, no caso de sucesso da candidatura, é que as partidas sejam realizadas com público. O Rio já está em processo de abertura para grandes eventos após o fechamento na pandemia de Covid-19. No jogo do Flamengo contra o Barcelona desta quarta, por exemplo, foi liberada uma carga de 35.045 ingressos, metade da capacidade do Maracanã.
A impossibilidade de ter público foi justamente o motivo que fez o Japão desistir de receber o campeonato. Depois de realizar as Olimpíadas e os Jogos Paralímpicos sem espectadores na maioria das arenas, o país tinha o plano de liberar ao menos parcialmente a entrada de pessoas no Mundial. As restrições no combate ao novo coronavírus frustraram esse plano.
A realização do Mundial de Clubes no Rio de Janeiro não seria inédita. A primeira edição do campeonato organizada pela Fifa ocorreu com jogos no Maracanã, no Rio, e no Morumbi, em São Paulo. Na decisão, no grande estádio carioca, o Corinthians bateu o Vasco de Eduardo Paes.
Folha Press
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