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sábado, 1 de maio de 2021

Causos & Lendas do Nosso Futebol: Você se lembra de Carneiro?

Foto: Divulgação
Ele nasceu na sertaneja cidade de Patos, PB, carinhosamente chamada pela imprensa de “a morada do sol”, precisamente no dia vinte e sete de julho do ano de mil novecentos e quarenta e nove, foi registrado pelos seus pais com o nome de Antônio Gomes Carneiro, mas para o mundo da bola ele ficou conhecido como o meio campista “Carneiro”.
Tudo começou na equipe juvenil do Continental Esporte Clube, equipe amadora existente no Bairro do Jatobá, na cidade de Patos. Foi ali que Carneiro começou a desenvolver a sua visão de jogo, o seu senso de marcação e proteção aos zagueiros que iriam transformá-lo em um excelente volante.
O seu primeiro contrato profissional foi assinado em 1968, com o Nacional Atlético Clube, o conhecido canário do sertão. Na realidade, Carneiro teve a oportunidade de iniciar a sua carreira em uma escola que sempre forneceu grandes atletas ao nosso futebol. Quem não se lembra de Dissor, Messias, Washington Luís e tantos outros que encantaram os nossos gramados?
Depois dessa experiência profissional com a camisa alviverde do Canário do sertão, Carneiro veio morar na cidade de João Pessoa e passou a jogar no Auto Esporte Clube, equipe que logo houve uma grande identificação e que permaneceu por seis temporadas consecutivas.
Carneiro vestiu e honrou as cores alvirrubras do clube do povo a partir do ano de 1970 até o ano de 1975. Era a época em que os nossos jogos eram disputados no estádio Leonardo Vinagre da Silveira, o popular campinho da “Graça”. A torcida e a imprensa sabiam que naqueles anos o time titular era sempre escalado com ele e mais dez.
O Auto Esporte Clube possuía um plantel caseiro e aguerrido, prevalecendo o conjunto e o entrosamento de seus atletas.  Fernando, Fernando Silva, Augusto, Café, Miltinho, Arimateia, Silva Índio, Chico Alicate, Marquinho, Toinho e Carneiro foram destaques naqueles saudosos anos.
Carneiro era um volante que possuía um bom domínio de bola, marcava bem o adversário e cobria os defensores com segurança e precisão. Ele realizava uma excelente leitura do jogo e quando possível auxiliava os atacantes. A crônica especializada sempre elogiava o seu desempenho em campo, principalmente nos jogos denominados de clássicos.
E foi com o manto alvirrubro que ele se destacou na conquista do torneio interestadual,  envolvendo equipes da Paraíba, de Pernambuco e do Rio Grande do Norte, quando o Auto Esporte Clube sagrou-se campeão ao vencer o ABC Futebol Clube, de Natal, por um tento a zero, com gol marcado por Saulo.  Naquela competição, o time base era: Fernando Silva, Jerônimo, Silva índio, Valdo e Chico Alicate. Carneiro, Raminho e Saulo, Augusto, Miltinho e Toinho.
Quando deixou de jogar no Auto Esporte Clube, o nosso homenageado foi vestir a camisa tricolor do Santa Cruz Recreativo Esporte Clube, equipe da vizinha cidade de Santa Rita, que na época montou um excelente plantel com jogadores da terra.
Foram dois anos defendendo o tricolor canavieiro, nas temporadas de 1976 e 1977, ao lado de Chico Alicate, Arimateia, Bebé, Calvete, Lala, Gena e outros companheiros que não ganharam dinheiro nem prestígio, porém jogavam com muito amor e dedicação.
Em 1977, prematuramente, ele encerrou a sua carreira pendurando as suas famosas chuteiras, ao precisar trabalhar e conseguir um emprego na antiga Sociedade Anônima de Eletrificação da Paraíba – Saelpa. Ele, por ser um amante do futebol, ainda jogou nos campeonatos amadores defendendo:  Cruzeiro, da cidade de Mari, Palmares, da Torre, 5 de agosto, Flamengo do Varadouro e o Atlético de Lucena.
Para nós torcedores, cronistas e desportistas ficou a certeza de que Antônio Gomes Carneiro, o popular “Carneiro”, escreveu o seu nome com tintas douradas e perpétuas na brilhante história do futebol paraibano.

Serpa Di Lorenzo
Historiador, Membro da ACEP e APBCE
falserpa@oi.com.br

Um comentário:

  1. Tenho a honra de ser sobrinho
    Deste craque genial
    À frente da sua época
    Com talento sem igual
    Volante tipo moderno
    Jogava sempre de terno
    Um atleta especial

    Homenagem merecida
    Relembrando sua história
    O registro é valioso
    E se crava na memória
    Parabéns, grande Carneiro
    Por ser craque o tempo inteiro
    Tua vida é uma Vitória!

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