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segunda-feira, 1 de fevereiro de 2021

Mauro Cezar critica 'silêncio' da imprensa sobre público de cinco mil pessoas na final da Libertadores

Mauro Cezar Pereira (Foto: Reprodução)
O jornalista Mauro Cezar Pereira criticou o "silêncio" da imprensa sobre os 10% da capacidade do Maracanã liberados para a final da Libertadores entre Palmeiras e Santos, que acontece neste sábado, às 17h. O comentarista se disse espantado com a "omissão" dos colegas e vê contradição de quem pedia para as pessoas ficarem em casa há alguns meses, por conta da pandemia do novo Coronavírus.
"Não teremos um Maracanã repleto, mas cerca de 5 mil pessoas são esperadas e aí a versão oficial é "não, mas são jogadores, árbitros, técnicos, comissão técnica, staff da Conmebol, pessoal de segurança, empregados do Maracanã, imprensa", aí vem convidados dos patrocinadores e dirigentes da Conmebol, autoridades da cidade, do estado e país, e convidados dos clubes finalistas. Eu soube essa semana já de duas pessoas que não têm nada a ver, mas que vão. Um porque foi convidado e o outro porque trabalha para uma empresa que é uma das patrocinadoras do evento, parceira da Conmebol", disse Mauro no podcast "Posse de Bola", do site "UOL".
"Me espanta a omissão e o silêncio subserviente de parte da imprensa, que pediu "fique em casa" durante meses e agora está achando tudo lindo. É uma contradição. Durante muito tempo criticando clubes que eram para ser criticados tentaram forçar, como foi o caso do Flamengo, a volta de forma muito precoce, pedindo para o futebol não voltar, jornalistas que falaram "o futebol não pode voltar" e que agora estão batendo palmas para isso", continuou.
"5 mil pessoas no Maracanã com o coro comendo no Rio de Janeiro e o vírus está solto no Rio de Janeiro. Aliás, a proporção de mortos a cada 100 mil habitantes no Rio de Janeiro é maior acho que que qualquer estado do Brasil, inclusive em relação a Manaus, no Amazonas, onde a coisa anda bem complicada já há algum tempo", analisa.
"Esse é um ponto que me chama muita atenção. Como se faz silêncio por conveniência, como se discursa muitas vezes quando é fácil falar. Aí, de repente, quando o patrão muda de ideia e o 'fique em casa' não vale mais à pena, aí todo mundo faz festa, todo mundo solta rojão, acha tudo lindo e maravilhoso. São realmente muito cordatos e obedientes os companheiros", completou.

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