John, do Santos, e Gabriel Veron, do Palmeiras — Foto: Infoesporte |
Santos e Palmeiras se enfrentam neste sábado, a partir das 17h (de Brasília), na Vila Belmiro, diante de um contexto parecido. Nas últimas semanas, os dois rivais se viram atingidos por problemas físicos de jogadores, principalmente pela pandemia de Covid-19. Os surtos obrigaram ambos a recorrer aos atletas que mais conhecem o dia a dia do clube: quem saiu ou passou pelas categorias de base.
Tanto Santos quanto Palmeiras chegam para o clássico com as categorias de base em evidência por questões de necessidade.
No Santos, com o elenco reduzido, Cuca descobriu dois goleiros de alto nível e confiança: John (24 anos) e João Paulo (25). O comando do ataque tem o jovem Kaio Jorge (18) como esperança de gols para o mês decisivo de dezembro.
No Palmeiras, Gabriel Veron, companheiro do atacante santista no título Mundial Sub-17 do ano passado, se estabelece como principal jogador de ataque do time aos 18 anos. No meio, as ausências de Gabriel Menino (20), Patrick de Paula (21) e Danilo (19) são sentidas para o clássico, com Abel Ferreira precisando recorrer a uma possível improvisação do zagueiro Luan no meio para amenizar as perdas.
Com o elenco curto e o clube impedido de contratar por causa de punições na Fifa, a solução encontrada pelo técnico Cuca foi tentar lapidar os jogadores revelados nas categorias inferiores. Além dos dois goleiros, o treinador deu chance a 15 Meninos da Vila recém-promovidos desde que ele retornou ao Santos, em agosto deste ano – o número é quase metade do total dos atletas usados (33).
No time titular, no entanto, são apenas dois garotos da geração mais recente: o goleiro John e o centroavante Kaio Jorge. Lucas Veríssimo e Alison também são crias do Peixe, mas foram já são "veteranos" no elenco profissional.
Entre as opções que ficaram conhecidas nesta temporada, estão o goleiro João Paulo (titular até pouco tempo), o zagueiro Alex, os volantes Vinicius Balieiro e Ivonei e os atacantes Marcos Leonardo, Bruno Marques e Ângelo, este último de apenas 15 anos.
Além deles, o zagueiro/lateral-esquerdo Wagner Leonardo, os meio-campistas Sandry, Lucas Lourenço e o atacante Tailson já haviam ganhado oportunidade nos últimos anos e seguem sendo utilizados por Cuca. Há ainda Renyer, que se recupera de cirurgia no joelho e está próximo de voltar aos gramados.
A comissão técnica de Cuca acompanha jogos e treinos das equipes de formação e está de olho em possíveis "novos raios", como são chamadas as promessas na Vila Belmiro.
Na Academia de Futebol, olhar com maior atenção e utilizar jogadores da base entravam como dois dos objetivos da diretoria para 2020. Desde a passagem de Vanderlei Luxemburgo até a chegada de Abel Ferreira, os jovens formados em Guarulhos ganharam espaço e protagonismo.
O maior exemplo do Palmeiras para o clássico é Gabriel Veron. Decisivo no confronto diante do Delfín, pelas oitavas de final da Copa Libertadores, o jovem surge como principal nome do ataque no momento, mesmo com a companhia de Willian, artilheiro do time na temporada com 15 gols.
Veron, que já chamou a atenção de clubes europeus como Borussia Dortmund, Benfica e Atlético de Madrid, foi elogiadíssimo por Abel Ferreira depois da goleada do meio de semana. O português disse que não aceita perder o jogador por “menos do que o Santos vendeu Neymar para o Barcelona”.
Essa presença maciça da base faz Abel e o Palmeiras lamentarem as perdas para este fim de semana. Gabriel Menino, suspenso, é jogador de seleção brasileira. Patrick de Paula, machucado, retomou o bom futebol depois de momento de oscilação.
Por outro lado, o também suspenso Danilo, que se destacou na goleada sobre o Delfín, ganhou mais espaço com Abel Ferreira e surge como mais forte candidato a ocupar a vaga do lesionado e experiente Felipe Melo, que só volta a jogar futebol no ano que vem.
Por Gabriel dos Santos e José Edgar de Matos
GE Santos e São Paulo
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