Josep Maria Bartomeu, agora ex-presidente do Barcelona, em entrevista coletiva na segunda — Foto: German Parga/FCBarcelona |
O pedido de renúncia veio em reunião extraordinária da direção do clube nesta terça-feira. A pressão pela renúncia vem desde a crise instaurada com o pedido de Messi para deixar o clube. Ele sofria um processo de Moção de Censura movido por mais de 20 mil sócios do Barça, cujo fim poderia levar à destituição da diretoria.
- Tudo era falso e baseado em interesses políticos e comerciais. Acumulo experiência suficiente para saber em que realidade é preciso viver. Sempre argumentei que nossa autocrítica nos torna mais fortes - disse o, agora, ex-presidente em entrevista coletiva concedida nesta tarde.
"O que vivemos nos últimos meses ultrapassa os limites. Eles ameaçaram a mim e minha família"
De acordo com os relatos da imprensa espanhola, o motivo principal para o pedido de renúncia nesta terça-feira foi a não autorização da Generalidade Catalã (governo da Catalunha) para adiar a votação da Moção de Censura.
A continuidade do processo previa um referendo com os sócios votantes do clube em um prazo de no máximo 20 dias úteis após a validação de todas as assinaturas, o que ocorreu no último dia 4 de outubro. Caso dois terços dos votantes optassem pela moção, a diretoria do Barcelona seria destituída, e novas eleições são convocadas.
Bartomeu e a diretoria do Barcelona optaram pela renúncia em vez de enfrentar todo o processo. O atual mandato do dirigente ia até junho de 2021. Diante da crise, o próprio presidente havia antecipado as eleições para março do ano que vem.
- Decidimos não convocar a votação e apresentar a renúncia. Nestas condições, as eleições não podem ser realizadas a curto prazo. A intenção deste Conselho não era permanecer no cargo. O sinal mais óbvio de que não queríamos nos firmar no poder foi convocar as eleições para março. Uma demissão antecipada teria levado o clube a um processo eleitoral e a um vácuo de poder em poucas semanas.
Josep Bartomeu era presidente do Barça desde janeiro de 2014. Ele substituiu outro dirigente que havia renunciado ao cargo: Sandro Rosell. Em julho de 2015, ele venceu as eleições para um mandato de seis anos.
- É uma honra servir ao clube, como administrador e como presidente. Tentei assumir o cargo com responsabilidade e honestidade. Posso anunciar que ontem aprovamos os requisitos para fazer parte de uma Super Liga Europeia. A decisão de jogar a competição deve ser ratificada pela próxima Assembleia. Podemos dizer com orgulho que somos o melhor clube do mundo em valor.
Sob o comando dele, a equipe catalã conquistou 13 títulos, dentre os quais incluem quatro edições do Campeonato Espanhol e uma da Liga dos Campeões. No entanto, em 2019/20, terminou uma temporada sem conquistas pela primeira vez desde 2008.
Por Redação do GE
Barcelona
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Seu comentário será publicado em breve após ser analisado pelo administrador