Assembleia geral desse domingo contou com a grande maioria da chapa de oposição — Foto: Divulgação / Belo de Verdade |
Tudo começou no domingo anterior, dia 11 de outubro, quando a eleição chegou a ser realizada. Contudo, ainda antes de encerrada a votação, o grupo de oposição apresentou uma liminar incluindo 22 nomes que haviam sido indeferidos pela Comissão Eleitoral. O fato terminou com o cancelamento da votação e o adiamento para o domingo seguinte, no caso, dia 18.
Na madrugada do último sábado para o domingo, por meio de um grupo num aplicativo de mensagens, o Botafogo-PB, através da assessoria de imprensa, informou que haveria a eleição do Conselho Deliberativo na manhã do domingo e que os portões seriam abertos para a imprensa a partir do meio-dia.
Contudo, na manhã de domingo, o grupo de situação informou que não haveria a assembleia geral, já que não houve uma chamada prévia. Ou seja, uma data ainda seria definida pela Comissão Eleitoral.
O problema foi que a situação não combinou com a oposição, que compareceu em peso à Maravilha do Contorno na manhã desse domingo. E, com a ausência da situação e da Comissão Eleitoral, o grupo que apoiava Alcedo Gomes decidiu abrir a assembleia geral, afirmando que se apoiava no estatuto do Botafogo-PB. Dentre os participantes que se encontravam no local, o conselheiro Fábio Romero Rangel foi eleito o presidente da assembleia. Ele convocou dois nomes para compor a mesa, incluindo Herbert Levi, um membro da situação que se encontrava na sede botafoguense. O conselheiro, no entanto, rejeitou o convite. Sendo assim, Alfredo Fragoso e Raimundo Nóbrega foram os conselheiros que compuseram a mesa.
A votação seguiu normalmente durante a manhã de domingo, terminando com a eleição dos novos 50 conselheiros. A chapa Belo de Verdade elegeu a grande maioria: 48 conselheiros. Enquanto isso, a Belo Para Todos teve dois novos nomes para o Conselho.
Logo após o encerramento da votação, o Botafogo-PB, novamente por meio de sua assessoria de imprensa, informou que cometeu um equívoco e que não houve comunicação oficial da Comissão Eleitoral convocando as chapas para a realização da assembleia geral.
Numa rede social oficial do Botafogo-PB, o grupo de situação, liderado por Orlando Soares, que é presidente da Diretoria Executiva e candidato a reeleição, publicou uma nota afirmando que a eleição desse domingo não respeitou o estatuto do clube e que foi uma "tentativa desesperada e cega de tomar o poder num golpe". O mandatário ainda deixou um recado para Breno Morais, a quem chamou de "o único paraibano banido do esporte de forma definitiva." O ex-vice-presidente de futebol do Belo, que foi banido do esporte pelo STJD após os desdobramentos da Operação Cartola, que investigou esquemas de corrupção no futebol da Paraíba, está apoiando o grupo de oposição tanto no Conselho Deliberativo quanto na Diretoria Executiva. Inclusive, o candidato da situação à presidência do clube é Alexandre Cavalcanti.
Com a eleição válida ou não, os rumos do Botafogo-PB devem seguir indefinidos. Em meio a tudo isso, ainda existe a campanha para definir o novo presidente da Diretoria Executiva. A princípio, o pleito está marcado para o próximo domingo, dia 25. Entretanto, com o imbróglio provocado por esse primeiro pleito, muita água ainda deve rolar para a definição dos novos membros do Conselho Deliberativo.
Por Cisco Nobre
GE João Pessoa
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