“Eu tinha orgulho de tomar um gol dele.” (Iashin - goleiro Russo considerado o melhor do mundo). Foto: Divulgação |
Quando éramos crianças e cursávamos a primeira série do antigo curso ginasial, passávamos a estudar uma disciplina nova chamada língua estrangeira, que era em sua maioria a língua Inglesa. Lembro-me que o livro possuía as cores da bandeira americana e em seu interior as primeiras noções da língua mais falada no mundo: Love, Good Morning, Good Night, Blue, Red, Yellow, Table, Pencil, Black, Pink, etc.
Mas o que me chamava mais a atenção eram os textos que tínhamos que traduzir, que relatavam e divulgavam a história daquela potência mundial. Naquele livro de Inglês eu conheci o politico Abraão Lincoln; o cantor Nat King Cole; o ator e dançarino Fred Astaire; os astronautas Armstrong, Aldrin e Collins; o boxeador Cassius Clay, que posteriormente passou a se chamar Muhammad Ali. Ao lado dos textos que contavam as brilhantes carreiras estavam às respectivas fotografias.
Mas o que me chamava mais a atenção eram os textos que tínhamos que traduzir, que relatavam e divulgavam a história daquela potência mundial. Naquele livro de Inglês eu conheci o politico Abraão Lincoln; o cantor Nat King Cole; o ator e dançarino Fred Astaire; os astronautas Armstrong, Aldrin e Collins; o boxeador Cassius Clay, que posteriormente passou a se chamar Muhammad Ali. Ao lado dos textos que contavam as brilhantes carreiras estavam às respectivas fotografias.
E eu – amante do futebol e peladeiro juramentado -, perguntava a mim mesmo, será se os nossos livros contam para os gringos os feitos insuperáveis de sua majestade o Rei Pelé? Passados esses anos todos, a minha admiração por Pelé foi sempre aumentando e infelizmente também a constatação de que não preservamos nem divulgamos essa entidade chamada Pelé, para as novas gerações.
Será se as novas gerações sabem que Pelé disputou quatro Copas do Mundo e venceu três? Que ele foi duas vezes campeão do mundo, interclubes? Que conquistou por duas vezes a Taça Libertadores da América? Conquistou cinco vezes a Taça Brasil e uma Taça de Prata? Também venceu quatro Torneios Rio - São Paulo e dez Campeonatos Paulistas? Uma infinidade de Torneios Nacionais e Internacionais? Sempre jogando com a camisa do Santos ou da Seleção Brasileira. Ao todo, ele conquistou 32 títulos de campeão, uma média de 1,5 por ano.
Será se as novas gerações sabem que Pelé disputou quatro Copas do Mundo e venceu três? Que ele foi duas vezes campeão do mundo, interclubes? Que conquistou por duas vezes a Taça Libertadores da América? Conquistou cinco vezes a Taça Brasil e uma Taça de Prata? Também venceu quatro Torneios Rio - São Paulo e dez Campeonatos Paulistas? Uma infinidade de Torneios Nacionais e Internacionais? Sempre jogando com a camisa do Santos ou da Seleção Brasileira. Ao todo, ele conquistou 32 títulos de campeão, uma média de 1,5 por ano.
São tantas as passagens bonitas e recordistas da carreira inigualável do Rei Pelé que citaremos apenas aquelas que nos chamam atenção. Como o fato dele ter sido campeão do mundo com apenas 17 anos e 8 meses, na Suécia. Ter marcado 12 gols em Copas do Mundo. Ter sido 11 vezes artilheiro do disputado Campeonato Paulista. Ter enfrentado a equipe do Corinthians em 48 oportunidades, marcando 49 vezes as redes, passando a ser um pesadelo para os torcedores Corintianos. Em seus 21 anos de carreira profissional, marcou 1.279 gols computados pela FIFA.
A camisa de número 10 era igual às outras, até ele passar a usá-la. Todos os craques que vieram depois fizeram questão de vesti-la. No dia 5 de março de 1961, o Santos enfrentou o Fluminense no Maracanã, Pelé driblou seis jogadores, depois o goleiro Castilho, por último fez o gol. Esta jogada foi imortalizada com uma “placa de bronze”, daí surgindo à expressão “gol de Placa”. Já o tradicional “Soco no Ar”, também imitado por várias gerações de craques, nasceu em um jogo que o Rei era bastante vaiado, contra o Juventus, na Rua Javari. De repente, ele pegou a bola e conseguiu sem deixar a bola cair ao solo efetuar quatro chapéus nos adversários, inclusive no goleiro e marcar o gol que ele considera o mais bonito de sua carreira. Pena que essa jogada não foi filmada, apenas reproduzida em computador com base em fotografias e depoimentos dos cronistas presentes.
Em 1964, o Rei marcou 8 gols em uma única partida, na vitória do Santos por 11 a zero, no Botafogo de Ribeirão Preto. Pelé Jogou de goleiro em quatro jogos profissionais e uma dessas partidas históricas foi em João Pessoa contra o Botafogo-PB. Em uma excursão do Santos, no final da década de 60, houve uma paralisação de uma guerra por 24 horas na Argélia para assisti-lo em campo.
Em 17 de julho de 1968, na Colômbia, o Santos vencia bem uma Seleção Olímpica local, quando o árbitro começou a prejudicar o time brasileiro. Houve reclamação, confusão e briga. Ao final o árbitro resolveu expulsar um atleta de cada equipe e por azar seu, escolheu Pelé na equipe brasileira. A torcida que tinha ido ao campo pra ver o Rei não gostou e começou a confusão que só foi contornada, pasmem, com a substituição do juiz por um reserva e o retorno do Rei ao jogo. Ou seja, quem terminou expulso foi o juiz Guillermo Velásquez.
Com apenas 1,74 metros e 70 kg, calçando chuteiras 39, Pelé chutava com as duas pernas, era exímio batedor de falta e de pênalti, cabeceava com os olhos abertos e escolhendo a direção. Segundo os comentaristas da época, Pelé conseguia raciocinar a jogada antes dela acontecer, ou mesmo jogar sem a bola.
Bem, retornando ao meu livro de Inglês acima citado, pouco ele me serviu. Com raríssimas exceções como as cores Red e Black, que me orientam na hora de comprar o meu whisky; o Good Morning para cumprimentar minha irmã Lindalva, que concluiu mestrado naquele idioma, e a palavra Love, que foi gritada por mais de 70 mil pessoas no Giants Stadium de Nova York em 1 de outubro de 1977, quando o nosso Rei Pelé fez a sua derradeira despedida, jogando pelo Cosmos, depois de germinar naquele povo imperialista o gosto por futebol.
Parabéns ao Édson Arantes do Nascimento, Rei Pelé, por ter completado oitenta primaveras no dia 23 de outubro.
Bem, retornando ao meu livro de Inglês acima citado, pouco ele me serviu. Com raríssimas exceções como as cores Red e Black, que me orientam na hora de comprar o meu whisky; o Good Morning para cumprimentar minha irmã Lindalva, que concluiu mestrado naquele idioma, e a palavra Love, que foi gritada por mais de 70 mil pessoas no Giants Stadium de Nova York em 1 de outubro de 1977, quando o nosso Rei Pelé fez a sua derradeira despedida, jogando pelo Cosmos, depois de germinar naquele povo imperialista o gosto por futebol.
Parabéns ao Édson Arantes do Nascimento, Rei Pelé, por ter completado oitenta primaveras no dia 23 de outubro.
Serpa Di Lorenzo
Historiador, Membro da ACEP e APBCE
falserpa@oi.com.br
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