O Ministério Público Federal (MPF) ofereceu denúncia contra o juiz Leonardo Safi de Melo, da 21ª Vara Cível Federal em São Paulo, e outras sete pessoas por venda de decisões e sentenças na Vara Federal.
De acordo com o relatório obtido pela reportagem do jornal O Estado de S.Paulo, há investigação quanto ao possível pagamento de propina por parte do Corinthians para suspender débitos tributários perante a Receita Federal no valor de mais de R$ 487 milhões.
Segundo a denúncia, quatro pessoas do clube de Parque São Jorge foram ouvidas: Andrés Sanchez (presidente); Alexandre Husni (segundo vice); Fabio Souza Trubilhano (diretor jurídico); e Juliano Di Pietro (advogado contratado).
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Por outro lado, Alexandre Husni "confirmou o pagamento de vantagem indevida para o levantamento do alvará nº 3848098, expedido pelo Juiz Federal Leonardo Safi de Melo, em 27/06/2018, no valor de R$ 566.638,05".
Leonardo Safi de Melo e outras sete pessoas estão sendo acusadas por corrupção passiva, peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa em 18 processos na Vara Federal.
Em nota divulgada na tarde desta quarta-feira, o Corinthians nega que tenha cometido "qualquer ato de corrupção". Sobre o caso envolvendo Alexandre Husni, o clube afirma que "se refere a processo de seu escritório movido contra os correios, sendo importante destacar que tal processo não tem relação alguma com o Clube".
Leia abaixo a íntegra da nota do Corinthians:
O Sport Club Corinthians Paulista, através de sua Diretoria, esclarece que sobre os fatos veiculados e que envolvem a denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra o juiz federal Leonardo Safi de Melo, todos os esclarecimentos foram prestados perante à Policia Federal, confirmando a solicitação de vantagem indevida. Ademais, jamais se aceitou ou anuiu com essa solicitação.
Esclareça-se, ainda, que o processo que tramitava sob a jurisdição desse Magistrado teve desfecho desfavorável ao pretendido pelo clube, o que foi alvo de recurso. O Corinthians ou seus representantes jamais cometeram qualquer ilicitude e não compactuam com qualquer ato de corrupção.
E, por fim, esclareça-se que o depoimento do Vice-Presidente, Alexandre Husni, de que valores foram entregues aos servidores públicos investigados, se refere a processo de seu escritório movido contra os correios, sendo importante destacar que tal processo não tem relação alguma com o Clube. O SCCP reafirma seu repúdio à conduta dos servidores públicos envolvidos nesses crimes e se colocou inteiramente à disposição das autoridades para a efetiva apuração do ocorrido.
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