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sexta-feira, 28 de agosto de 2020

Abandonado pela mãe, meia do Fluminense recorda infância difícil: 'Não tinha leite, nem pão'

 
Michel Araújo conquistou uma vaga no meio - Lucas Merçon/Fluminense
Em boa fase no atual Fluminense, o meia Michel Araujo tem história de vida de muita luta. Abandonado pela mãe aos 12 anos, o jogador teve a casa demolida e se distanciou do pai. Micaela, irmã mais velha do atleta, fez o papel de mãe para Michel. Em entrevista ao 'Ge.com', o meio-campista relembrou essa infância complicada e disse que chegou a faltar leite e pão na adolescência.
"Quando falo da minha mãe, do meu pai, familiares que não tive quando pequeno acho muito difícil. Tive respaldo da minha irmã mais velha, foi como uma mãe para mim. Quero ser forte, mas não é fácil. A gente precisa dessas coisas e não ter isso é complicado, é difícil. Agora estou focado em fazer feliz minha família, minha mulher, meu filho, meus irmãos que sempre estiveram comigo e mais nada. Quero seguir jogando futebol e dando muitas alegrias à torcida tricolor", disse Michel, que emendou:
"Eu ia para a escola, voltava e não tinha leite, pão, não tinha nada. Com 13, 14 anos, eu ia para o colégio só com um café, voltava e não tinha almoço. Foi muito difícil, mas sempre continuei jogando futebol. Às vezes meu pai falava hoje você não vai treinar, eu falava que ia sim. Foi o que me fez chegar aqui hoje e ser uma pessoa que tem gratidão com todos que estiveram comigo nos momentos complicados. O futebol é minha essência, sem futebol não sou nada, tenho que jogar, ser feliz dentro do campo", encerrou.

Jornal O Dia

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