De integrante da Série B, com belas campanhas, jogos memoráveis em competições nacionais como Copa do Brasil e Copa Verde, a queda para a Série D, a quarta divisão do futebol brasileiro e um sofrimento só superado na última rodada da primeira fase do Campeonato Mato-grossense deste ano. Esta é a triste realidade do Luverdense, de Lucas do Rio Verde, uma das principais agremiações do futebol mato-grossense nas últimas décadas. Sem apoio da classe empresarial da cidade e sem a motivação dos torcedores o clube pode ter suas portas fechadas ainda antes do final da pandemia do coronavírus, que paralisou as atividades do futebol brasileiro.
Um de seus mais atuantes colaboradores, o ex-presidente do clube, que hoje comanda o departamento de futebol, enquanto seu filho Guilherme Lawisch está na presidência, Helmute Lawisch admite a possibilidade de fechar as portas do clube, reclama da alta divida, principalmente agora em meio a pandemia, com pagamento de salários de jogadores e sem a perspectiva de volta às atividades tão cedo. Ele prega que se não houver “sangue novo”, com chegada de recursos financeiros provenientes do empresariado local de Lucas do Rio Verde não haverá outra alternativa que não encerrar as atividades.
“O problema do Luverdense não é de hoje, vem se arrastando de longa data e vou ser bem franco, acho difícil voltarmos, não acredito, nem para terminar o estadual, nem para Série D do Campeonato Brasileiro. Ou seja, o time que já deu motivos de muita alegria, tem uma história bonita, hoje está decadente. Não encanta, jogos com 200 ou 300 torcedores não dá, não podemos perder tempo com isso”, acrescentou o ex-presidente.
Helmute lembra que muitos torcedores tem reclamado da decisão da diretoria em não montar times com estrelas, optando em um elenco mais barato, devido a situação crítica do clube e diz que investimentos só podem ser feitos com recursos garantidos e ajuda empresarial,
“O Luverdense está numa situação chata, quem estiver a fim de ajudar então assuma e ajude a pagar as contas, é assim que vai ser, se não encerrada a conversa, é uma pena, mas é uma realidade”. “Muitos criticaram, então venham e assumam agora, eu não quero mais e estou fora”, pontuou.
“O Luverdense tem uma história, iniciou lá em 2004, e é bonita, orgulhou a nós. Fizemos uma coisa que até então achávamos que Lucas do Rio Verde não poderia fazer, que é futebol. Chegou ao auge em 2016, ficamos pertos da Série A do nacional, estávamos jogando de igual para igual com quem aparecesse na frente. De 2017 para cá o negócio começou a degringolar, a decadência, e culmina nesses dias numa situação extremamente difícil, horrível e chata”, destacou Lawisch.
Por Esportes & Notícias
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