Divulgação/FPF |
A Federação Paraibana de Futebol (FPF) e oito dos dez clubes que disputam o estadual em 2020 deram nesta sexta-feira o primeiro passo para a retomada da competição. Sem prazos, é verdade. Mas a reunião acabou deixando evidente a postura que a entidade defende desde a paralisação dos jogos, no dia 18 de março: o campeonato será decidido no campo.
A presidente Michelle Ramalho, que foi a primeira a revelar a posição da CBF de que os estaduais terminariam em 2020, mesmo que fosse preciso mudar a fórmula do Campeonato Brasileiro, disse que o encontro virtual serviu para mostrar a posição dos dez clubes em retornar à disputa. Até mesmo Sport-PB e Nacional de Patos, que já haviam anunciado a dispensa de seus elencos, se comprometeram a jogar as rodadas finais da primeira fase.
- Vamos encerrar o Campeonato Paraibano com as duas últimas rodadas da primeira fase, e depois as semifinais e as finais. Todos se mostraram dispostos a cumprir o regulamento, até porque em caso de WO o time pode sofrer punições - lembrou a presidente.
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De acordo com o regulamento, o WO (e a sua reincidência) pode ocasionar até mesmo uma suspensão de dois anos do clube. Mas Michelle acredita que não será necessário esse tipo de pressão, já que os próprios clubes já prometeram entrar em campo.
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A reunião desta sexta-feira aconteceu na sede da FPF, mas com todas as precauções necessárias. Todos os participantes usaram máscaras e se sentaram numa distância mínima de dois metros entre um e outro. Além disso, também foi disponibilizado álcool em gel para todos os participantes.
Sem data prevista
Mas o retorno do Campeonato Paraibano não será tão simples assim. Michelle Ramalho revelou que está em contato com presidentes de outras federações, e já tem ciência de alguns protocolos adotados por elas para o retorno do futebol. Há, inclusive, um estudo com esta finalidade já encomendado pela CBF. Mas a diferença de realidades preocupa.
- Veja bem... Um estado pode ter condições de testar todo mundo... Jogadores, comissão técnica, imprensa. Isso tem um custo alto. Não sabemos se isso tem condições de ser adotado na Paraíba. Mas, evidentemente, vamos tomar nossos cuidados. Desde a chegada das equipes no estádio, passando pelos vestiários, a proibição de entrevistas. Mas tudo é muito prematuro.
Documento elaborado pelos clubes após a reunião — Foto: Reprodução |
Apenas Sousa e Perilima não enviaram representantes para a reunião na FPF — Foto: Reprodução |
De qualquer forma, não há nenhuma possibilidade da bola voltar a rolar no Campeonato Paraibano sem o aval das autoridades médicas. Michelle Ramalho disse que vai esperar pelas liberações nas esferas federal, estadual e municipal. Só depois disso é que os clubes serão convocados para uma nova reunião.
- Não adianta fazer planos agora. Quando tivermos a certeza de que o futebol pode voltar, tivermos o aval das autoridades, aí vamos conversar novamente. Imagino que será preciso 15 dias para que os clubes se preparem para o retorno - falou a presidente da FPF.
A reunião desta sexta-feira contou com a presença da cúpula da Federação - além da presidente Michelle Ramalho, também participaram o diretor executivo Otamar Almeida; o diretor de competições, Gustavo Trindade; o presidente da Comissão de Arbitragem, Arthur Alves; o diretor de registro, Gérson Júnior; além da diretora jurídica, Raquel Arroxelas. Já entre os clubes, os únicos que não participaram foram Sousa e Perilima.
Por Expedito Madruga
Globoesporte.com
João Pessoa
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