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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A FIFA anunciou nesta sexta (29) que o ex-presidente da CBF, Ricardo Teixeira, está banido pelo resto da vida de qualquer atividade ligada ao futebol. Ele também foi multado em 1 milhão de francos suíços (R$ 4,25 milhões).
A decisão foi tomada pelo comitê de ética da entidade. Teixeira comandou a CBF entre 1989 e 2012. Ele também foi integrante do comitê executivo da Conmebol (Confederação Sul-Americana) e da própria Fifa.
A investigação contra o brasileiro se refere a esquemas de corrupção e pagamentos de propinas em contratos de televisionamento para torneios da CBF, Conmebol e Concacaf (Confederação da América do Norte, Central e do Caribe).
Trata-se de uma resposta da Fifa aos processos abertos pelo FBI nos Estados Unidos contra dirigentes da entidade. O sucessor de Teixeira na CBF, José Maria Marin, está preso na Pensilvânia por corrupção.
O comitê de ética chegou à conclusão de que Teixeira feriu o código de conduta da associação. Ele não poderá mais estar envolvido em qualquer aspecto do futebol profissional, seja esportiva ou administrativa.
O relatório da Fifa não cita nomes de testemunhas ou empresas que pagaram suborno. Um dos depoimentos diz que Ricardo Teixeira tinha instruções “pouco usuais e estranhas” para receber as propinas.
Segundo a testemunha, o dirigente pedia que o dinheiro fosse depositado “em destinos como o Oriente Médio, na Ásia, em Andorra e sempre em benefício de pessoas que tinham nomes muito comuns em chinês ou em regiões em que era impossível saber quem era realmente [o beneficiário]”.
“Nós tivemos muito problemas com bancos que não queriam mandar dinheiro de tempos em tempos para destinos exóticos”, afirma o documento.
Ainda de acordo com a entidade, quando deixou a CBF, em 2012, o brasileiro recebia US$ 600 mil (cerca de R$ 2,4 milhões em valores atuais) por ano pelo contrato de televisionamento da Libertadores.
“Pelo esquema relativo à Copa Libertadores, o senhor Teixeira aceitou receber um total de US$ 4,2 milhões (R$ 16,8 milhões) entre 2006 e 2012”, completa.
O relatório também cita pagamentos de US$ 1 milhão (R$ 4 milhões) por votos para que o Qatar fosse escolhido como sede da Copa de 2022 e subornos pelos contratos de direitos de transmissão da Copa do Brasil.
A conclusão da Fifa é que Teixeira, Marin e Marco Polo del Nero (também ex-presidente da CBF) “solicitaram e receberam” subornos em conexão com contratos da Copa do Brasil de 2013 a 2022 por R$ 2 milhões ao ano (…) Do total, a parte de Teixeira era R$ 1 milhão por ano”.
Em carta enviada a Fifa, o escritório de advocacia que defende Ricardo Teixeira disse que o ex-dirigente jamais foi processado ou julgado, “apesar do indiciamento sem evidência” e que não teve permissão para analisar as evidências, interrogar testemunhas e se defender quando os depoimentos foram coletados.
Teixeira nega todas as acusações e seus advogados as definem como “suposições feitas por advogados dos Estados Unidos”.
“O senhor Teixeira jamais recebeu propinas ou praticou corrupção em relação aos fatos apresentados neste caso”, escreve a defesa do ex-cartola.
A investigação contra o brasileiro se refere a esquemas de corrupção e pagamentos de propinas em contratos de televisionamento para torneios da CBF, Conmebol e Concacaf (Confederação da América do Norte, Central e do Caribe).
Trata-se de uma resposta da Fifa aos processos abertos pelo FBI nos Estados Unidos contra dirigentes da entidade. O sucessor de Teixeira na CBF, José Maria Marin, está preso na Pensilvânia por corrupção.
O comitê de ética chegou à conclusão de que Teixeira feriu o código de conduta da associação. Ele não poderá mais estar envolvido em qualquer aspecto do futebol profissional, seja esportiva ou administrativa.
O relatório da Fifa não cita nomes de testemunhas ou empresas que pagaram suborno. Um dos depoimentos diz que Ricardo Teixeira tinha instruções “pouco usuais e estranhas” para receber as propinas.
Segundo a testemunha, o dirigente pedia que o dinheiro fosse depositado “em destinos como o Oriente Médio, na Ásia, em Andorra e sempre em benefício de pessoas que tinham nomes muito comuns em chinês ou em regiões em que era impossível saber quem era realmente [o beneficiário]”.
“Nós tivemos muito problemas com bancos que não queriam mandar dinheiro de tempos em tempos para destinos exóticos”, afirma o documento.
Ainda de acordo com a entidade, quando deixou a CBF, em 2012, o brasileiro recebia US$ 600 mil (cerca de R$ 2,4 milhões em valores atuais) por ano pelo contrato de televisionamento da Libertadores.
“Pelo esquema relativo à Copa Libertadores, o senhor Teixeira aceitou receber um total de US$ 4,2 milhões (R$ 16,8 milhões) entre 2006 e 2012”, completa.
O relatório também cita pagamentos de US$ 1 milhão (R$ 4 milhões) por votos para que o Qatar fosse escolhido como sede da Copa de 2022 e subornos pelos contratos de direitos de transmissão da Copa do Brasil.
A conclusão da Fifa é que Teixeira, Marin e Marco Polo del Nero (também ex-presidente da CBF) “solicitaram e receberam” subornos em conexão com contratos da Copa do Brasil de 2013 a 2022 por R$ 2 milhões ao ano (…) Do total, a parte de Teixeira era R$ 1 milhão por ano”.
Em carta enviada a Fifa, o escritório de advocacia que defende Ricardo Teixeira disse que o ex-dirigente jamais foi processado ou julgado, “apesar do indiciamento sem evidência” e que não teve permissão para analisar as evidências, interrogar testemunhas e se defender quando os depoimentos foram coletados.
Teixeira nega todas as acusações e seus advogados as definem como “suposições feitas por advogados dos Estados Unidos”.
“O senhor Teixeira jamais recebeu propinas ou praticou corrupção em relação aos fatos apresentados neste caso”, escreve a defesa do ex-cartola.
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