Jogadores do Retrô FC comemoram acesso à Série A1 do Pernambucano — Foto: Daniel Gomes |
Na última quarta-feira, assim que soou o apito final, o elenco do Retrô FC fez uma enorme festa no gramado da Arena de Pernambuco. Mesmo com derrota por 1 a 0 para o Vera Cruz, o time conseguiu a primeira conquista de sua curta trajetória, o acesso à Série A1 estadual - e pode ganhar o título no próximo sábado, na final contra o Decisão. A comemoração foi entusiasmada não só pela conquista em si - mas também porque o acesso de divisão é visto pelas pessoas que fazem o clube, fundado em 2016, como o primeiro passo de um futuro ambicioso.
Apesar do nome remeter ao passado, o Retrô só tem olhos para o amanhã. Com centro de treinamento milionário, de dar inveja a muitos times da Série A e B do Brasileiro, o Retrô FC - gerido pelo empresário pernambucano Laércio Guerra, do setor da educação - planeja incomodar os grandes da capital já na próxima temporada e, em cinco anos, chegar a um patamar alto.
Apesar do nome remeter ao passado, o Retrô só tem olhos para o amanhã. Com centro de treinamento milionário, de dar inveja a muitos times da Série A e B do Brasileiro, o Retrô FC - gerido pelo empresário pernambucano Laércio Guerra, do setor da educação - planeja incomodar os grandes da capital já na próxima temporada e, em cinco anos, chegar a um patamar alto.
- O objetivo do Retrô, desde o início, como projeto social, era fazer a inserção do jovem no futebol. A gente tem conseguido isso. Esse era o planejamento inicial, mas aí o processo evoluiu. Quando a gente entra em competição, para futebol, o objetivo é que nos próximos cinco anos a gente esteja na Série B do Campeonato Brasileiro. Por isso a gente comemorou tanto esse acesso, porque esse é o primeiro passo para que a gente consiga o acesso à Série D, a Série C e provavelmente a B - explicou Laércio.
Como o time pretende fazer um salto tão grande em tão pouco tempo? Seguindo os pontos abaixo.
Como o time pretende fazer um salto tão grande em tão pouco tempo? Seguindo os pontos abaixo.
Laércio Guerra é o dono do Retrô FC — Foto: Reprodução |
Ter um centro de treinamento é para poucos no Brasil. Clubes gigantes como o Vasco da Gama, multicampeão e dono de uma das maiores tradições do país, ainda lutam para erguer o seu. Existe, inclusive, uma vaquinha virtual para os torcedores ajudarem o Cruzmaltino a levantar a estrutura.
Neste ponto, o Retrô sai na frente de muita gente. O clube tem um CT de primeira linha, com seis campos (mais quatro em construção) hotel com 64 quartos, centro de convenções para mil pessoas, auditório, departamento médico, físico, academia, piscina, arquibancada e até camarote nos campos de treino.
Neste ponto, o Retrô sai na frente de muita gente. O clube tem um CT de primeira linha, com seis campos (mais quatro em construção) hotel com 64 quartos, centro de convenções para mil pessoas, auditório, departamento médico, físico, academia, piscina, arquibancada e até camarote nos campos de treino.
CT conta com dez campos e área de convivência para jogadores — Foto: Reprodução |
- O norte-nordeste é o principal celeiro de talentos do futebol brasileiro. A gente precisava de uma estrutura como esta para não deixar nossos atletas saírem e perdermos para os clubes do sul e do sudeste.
Retrô está construindo mais quatro campos, que se juntarão aos seis que já existem no CT — Foto: Reprodução |
Gestão
Outro ponto que Laércio ressalta é que o Retrô tem um projeto de longo prazo, ao contrário do que, para ele, acontece nos "clubes de bandeira". Segundo o dirigente, o modelo de gestão dos grandes costuma atrapalhar o desenvolvimento. A política interna, na visão do presidente do Retrô, é algo que os prejudica.
No Retrô, ele garante, as coisas acontecem de forma diferente. Tanto nas decisões do futebol quanto nas outras áreas.
"Você vê clubes em que os presidentes têm mandatos de dois, três anos, e isso, com absoluta certeza, acaba impactando no modelo de gestão, porque não se tem uma continuidade dos processos, além de eles precisarem estar sempre voltados no resultado. Nós estamos voltados aqui para o projeto. O resultado é uma consequência."
Para o empresário, a fidelidade ao projeto e a organização da equipe podem fazer o Retrô decolar.
- A gente entende que tudo é baseado no planejamento estratégico. Temos uma linha de trabalho, um processo todo organizado, um organograma da função e do trabalho de todos aqui. A gente sabe que futebol não é uma matemática exata, mas a gente entende que, com organização e planejamento que estamos montando, pela estrutura que a gente tem, acreditamos que podemos chegar à Série B.
Outro ponto que Laércio ressalta é que o Retrô tem um projeto de longo prazo, ao contrário do que, para ele, acontece nos "clubes de bandeira". Segundo o dirigente, o modelo de gestão dos grandes costuma atrapalhar o desenvolvimento. A política interna, na visão do presidente do Retrô, é algo que os prejudica.
No Retrô, ele garante, as coisas acontecem de forma diferente. Tanto nas decisões do futebol quanto nas outras áreas.
"Você vê clubes em que os presidentes têm mandatos de dois, três anos, e isso, com absoluta certeza, acaba impactando no modelo de gestão, porque não se tem uma continuidade dos processos, além de eles precisarem estar sempre voltados no resultado. Nós estamos voltados aqui para o projeto. O resultado é uma consequência."
Para o empresário, a fidelidade ao projeto e a organização da equipe podem fazer o Retrô decolar.
- A gente entende que tudo é baseado no planejamento estratégico. Temos uma linha de trabalho, um processo todo organizado, um organograma da função e do trabalho de todos aqui. A gente sabe que futebol não é uma matemática exata, mas a gente entende que, com organização e planejamento que estamos montando, pela estrutura que a gente tem, acreditamos que podemos chegar à Série B.
Torcida do Retrô em jogo da Série A2 contra o Vera Cruz — Foto: Reprodução |
No último jogo, na Arena de Pernambuco, o clube conseguiu levar mais de mil pessoas ao estádio. Mas Laércio admite que aqueles torcedores foram seduzidos de uma forma diferente da habitual.
"Todas as torcidas que levamos ao estádio nós demos transporte, em alguns casos ingressos. É uma forma de capitanear torcedores. Isso muito provavelmente vai acontecer na Série A1, na Série D..."
O grande desafio do Retrô, segundo o presidente, é tornar o processo mais natural. Atingir o torcedor de forma espontânea.
- Imagino que, nesses cinco anos, a gente chegando na Série B, um pouco mais consolidado, a gente já consiga a ter uma procura mais espontânea por ingressos e automaticamente de torcedores.
Como nos objetivos esportivos, o clube também tem ambições em construir uma torcida própria, especialmente na cidade em que está sediado: Camaragibe, município da região metropolitana do Recife.
- Queremos ser o segundo clube de todos os pernambucanos, e a primeira aqui da cidade de Camaragibe. Tenho plena convicção de que a gente tem condição de angariar torcedores, e isso vai acontecer de forma natural.
"Todas as torcidas que levamos ao estádio nós demos transporte, em alguns casos ingressos. É uma forma de capitanear torcedores. Isso muito provavelmente vai acontecer na Série A1, na Série D..."
O grande desafio do Retrô, segundo o presidente, é tornar o processo mais natural. Atingir o torcedor de forma espontânea.
- Imagino que, nesses cinco anos, a gente chegando na Série B, um pouco mais consolidado, a gente já consiga a ter uma procura mais espontânea por ingressos e automaticamente de torcedores.
Como nos objetivos esportivos, o clube também tem ambições em construir uma torcida própria, especialmente na cidade em que está sediado: Camaragibe, município da região metropolitana do Recife.
- Queremos ser o segundo clube de todos os pernambucanos, e a primeira aqui da cidade de Camaragibe. Tenho plena convicção de que a gente tem condição de angariar torcedores, e isso vai acontecer de forma natural.
CT do Retrô FC — Foto: Reprodução |
CT do Retrô FC — Foto: Reprodução |
Por Rômulo Alcoforado
Recife
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