Quando pensamos nas mães mais “homenageadas” do futebol invariavelmente temos a mesma resposta: a genitora do juiz ganha disparado as atenções e as palavras “carinhosas” em uma partida. Mas o que está por trás de toda essa implicância com nossa arbitragem, principalmente agora com a adição do VAR?
Com certeza, a primeira parte desse “ódio” pelos árbitros tem como pano de fundo a paixão por nossos clubes e a forma que os erros e equívocos, assim como a falta de coerência em algumas decisões saltam aos olhos e isso ninguém pode negar, posto que é tema constante de colunas e notícias jornalísticas, além da mesa do bar nos “happy hours” da vida.
Entretanto, o futebol como um todo é mundo profissional, menos os dirigentes eleitos nas associações sem fins lucrativos, modelo regra do nosso futebol e, por incrível que pareça, os árbitros.
Aqui reside boa parte dos problemas enfrentados por ambas as categorias, inobstante os clubes estarem cada vez mais se afastando do amadorismo a partir da contratação de executivos e outros profissionais para cuidar da gestão administrativa, por parte dos árbitros, estão ficando isolados como única classe “amadora” em um esporte tão complexo.
Imagine que um jogador de futebol, com certeza a estrela maior do mundo da bola, além dos salários fixos, tem todo um aparato desportivo, físico, psicológico, técnico e tático, desde sua formação nas categorias de base até a profissionalização, através de profissionais especializados e uma gama de estudos que desenvolvem incansavelmente as qualidades a serem utilizadas.
D’outra banda temos o árbitro, com uma função extremamente complexa e de elevada importância nas partidas de futebol e, apesar disso, não tem direito a uma formação e manutenção adequada a partir da profissionalização que pudesse trazer estabilidade e dedicação exclusiva, por meio de retorno financeiro fixo, abandonando a necessidade do exercício profissional paralelo, como hoje em dia, normalmente como professores de educação física ou na seara policial.
Muitos entraves são colocados para a realização de um projeto que desde sempre é tema de debates calorosos, dentre os quais está, obviamente, o dinheiro. Os dirigentes da CBF afirmam que não existe verba suficiente para pagar um custo anual estimado de R$ 60 milhões e lutam para manter um sistema hodiernamente barato, entretanto pouco eficiente.
A incongruência do argumento decorre da utilização do VAR, com custo absurdo em cada jogo e que trouxe novos árbitros e ainda mais erros surpreendentes.
Antes de xingar a mãe do árbitro, é bom lembrar do fato de que se machucando, não terão assistência pela inexistência de plano de saúde e pior, como não podem atuar, ficam sem rendimentos. Assim, um modelo de transição que poderia ser colocado em prática a um custo mais baixo que a profissionalização direta seria a outorga de alguns direitos alternativos, como uma equipe fixa de profissionais (fisioterapeutas, médicos, dentistas, fisiologistas) nas federações para atendê-los e a criação de um sistema de formação e manutenção constante, utilizando as tecnologias modernas que os clubes de futebol dispõem.
Com certeza, a primeira parte desse “ódio” pelos árbitros tem como pano de fundo a paixão por nossos clubes e a forma que os erros e equívocos, assim como a falta de coerência em algumas decisões saltam aos olhos e isso ninguém pode negar, posto que é tema constante de colunas e notícias jornalísticas, além da mesa do bar nos “happy hours” da vida.
Entretanto, o futebol como um todo é mundo profissional, menos os dirigentes eleitos nas associações sem fins lucrativos, modelo regra do nosso futebol e, por incrível que pareça, os árbitros.
Aqui reside boa parte dos problemas enfrentados por ambas as categorias, inobstante os clubes estarem cada vez mais se afastando do amadorismo a partir da contratação de executivos e outros profissionais para cuidar da gestão administrativa, por parte dos árbitros, estão ficando isolados como única classe “amadora” em um esporte tão complexo.
Imagine que um jogador de futebol, com certeza a estrela maior do mundo da bola, além dos salários fixos, tem todo um aparato desportivo, físico, psicológico, técnico e tático, desde sua formação nas categorias de base até a profissionalização, através de profissionais especializados e uma gama de estudos que desenvolvem incansavelmente as qualidades a serem utilizadas.
D’outra banda temos o árbitro, com uma função extremamente complexa e de elevada importância nas partidas de futebol e, apesar disso, não tem direito a uma formação e manutenção adequada a partir da profissionalização que pudesse trazer estabilidade e dedicação exclusiva, por meio de retorno financeiro fixo, abandonando a necessidade do exercício profissional paralelo, como hoje em dia, normalmente como professores de educação física ou na seara policial.
Muitos entraves são colocados para a realização de um projeto que desde sempre é tema de debates calorosos, dentre os quais está, obviamente, o dinheiro. Os dirigentes da CBF afirmam que não existe verba suficiente para pagar um custo anual estimado de R$ 60 milhões e lutam para manter um sistema hodiernamente barato, entretanto pouco eficiente.
A incongruência do argumento decorre da utilização do VAR, com custo absurdo em cada jogo e que trouxe novos árbitros e ainda mais erros surpreendentes.
Antes de xingar a mãe do árbitro, é bom lembrar do fato de que se machucando, não terão assistência pela inexistência de plano de saúde e pior, como não podem atuar, ficam sem rendimentos. Assim, um modelo de transição que poderia ser colocado em prática a um custo mais baixo que a profissionalização direta seria a outorga de alguns direitos alternativos, como uma equipe fixa de profissionais (fisioterapeutas, médicos, dentistas, fisiologistas) nas federações para atendê-los e a criação de um sistema de formação e manutenção constante, utilizando as tecnologias modernas que os clubes de futebol dispõem.
Eduardo Araújo
Advogado
eduardomarceloaraujo@hotmail.com
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