Tite para presidente do Brasil! Parece risível, mas a outrora boa campanha à frente da seleção brasileira havia colocado o nome do atual treinador na órbita política. Em 2017, pesquisa do Instituto Paraná apontou que 15% dos entrevistados votariam nele para comandar o Palácio do Planalto.
A empolgação que tomou conta da torcida do Brasil naquele momento tinha explicação, a mudança de ar trouxe paz e alegria para os atletas e desaguaram em oito vitórias seguidas, tirando o Brasil da parte debaixo da tabela das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018 direto para a liderança isolada e classificação antecipada.
Sim, Tite mudou a cara e o rumo da seleção brasileira, mas não foi tão fácil como parece. Imagine ser contratado para trabalhar e encontrar sua empresa devastada por investigações de casos de corrupção, a moral dos funcionários extremamente baixa, relações públicas desfavoráveis e uma gama de outros problemas nítidos e evidenciados na imprensa diuturnamente.
Tite iniciou seu trabalho com exigências, dentre elas a contratação de Edu Gaspar, focando sua preocupação no futebol e nos atletas, deixando as questões inerentes a gestão com o outrora companheiro de trabalho.
No momento do convite, Tite era a unanimidade entre cartolas, imprensa e desportistas, caindo como uma luva no momento em que a CBF precisavam para acalmar os ânimos da torcida e da imprensa que pediam uma mudança drástica nos rumos da seleção, inclusive da direção.
Não deixar os problemas de gestão que assolavam a Confederação Brasileira de Futebol interferir no trabalho técnico teve um papel primordial na guinada produzida pela canarinha, principalmente quando levamos em conta o clima amistoso junto à imprensa e a redução midiática dos casos que devastavam as relações públicas e tiravam o foco do campo para os escritórios.
Evidencia-se a partir dessas informações que a conjuntura fática que alterou o norte da seleção brasileira é fruto de uma série de mudanças, principalmente na parte administrativa, retirando da direção amadora que comandava a CBF a bússola que guiava a gestão do futebol. Profissionalizar acabou sendo um caminho seguro para o êxito na organização.
Em qualquer organização é assim, por que seria diferente no futebol, tanto nos clubes quanto nas federações?
Talvez a maior prova da importância do trabalho de um gestor profissional, no caso, Edu Gaspar, é o baixo nível da seleção nos últimos jogos (após a Copa América e sua saída), tirando a proteção que existia a Tite, agora combalido pelos recentes resultados e a desconfiança da própria torcida, imprensa e cartolas que o tinham como unanimidade há bem pouco tempo.
Futebol é assim, momento e bastante complexo. Tirar uma ou algumas partes dessa engrenagem, muitas delas sequer notadas, pode desaguar na queda da mais evidenciada: o treinador.
Eduardo Araújo
Advogado
eduardomarceloaraujo@hotmail.com
A empolgação que tomou conta da torcida do Brasil naquele momento tinha explicação, a mudança de ar trouxe paz e alegria para os atletas e desaguaram em oito vitórias seguidas, tirando o Brasil da parte debaixo da tabela das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018 direto para a liderança isolada e classificação antecipada.
Sim, Tite mudou a cara e o rumo da seleção brasileira, mas não foi tão fácil como parece. Imagine ser contratado para trabalhar e encontrar sua empresa devastada por investigações de casos de corrupção, a moral dos funcionários extremamente baixa, relações públicas desfavoráveis e uma gama de outros problemas nítidos e evidenciados na imprensa diuturnamente.
Tite iniciou seu trabalho com exigências, dentre elas a contratação de Edu Gaspar, focando sua preocupação no futebol e nos atletas, deixando as questões inerentes a gestão com o outrora companheiro de trabalho.
No momento do convite, Tite era a unanimidade entre cartolas, imprensa e desportistas, caindo como uma luva no momento em que a CBF precisavam para acalmar os ânimos da torcida e da imprensa que pediam uma mudança drástica nos rumos da seleção, inclusive da direção.
Não deixar os problemas de gestão que assolavam a Confederação Brasileira de Futebol interferir no trabalho técnico teve um papel primordial na guinada produzida pela canarinha, principalmente quando levamos em conta o clima amistoso junto à imprensa e a redução midiática dos casos que devastavam as relações públicas e tiravam o foco do campo para os escritórios.
Evidencia-se a partir dessas informações que a conjuntura fática que alterou o norte da seleção brasileira é fruto de uma série de mudanças, principalmente na parte administrativa, retirando da direção amadora que comandava a CBF a bússola que guiava a gestão do futebol. Profissionalizar acabou sendo um caminho seguro para o êxito na organização.
Em qualquer organização é assim, por que seria diferente no futebol, tanto nos clubes quanto nas federações?
Talvez a maior prova da importância do trabalho de um gestor profissional, no caso, Edu Gaspar, é o baixo nível da seleção nos últimos jogos (após a Copa América e sua saída), tirando a proteção que existia a Tite, agora combalido pelos recentes resultados e a desconfiança da própria torcida, imprensa e cartolas que o tinham como unanimidade há bem pouco tempo.
Futebol é assim, momento e bastante complexo. Tirar uma ou algumas partes dessa engrenagem, muitas delas sequer notadas, pode desaguar na queda da mais evidenciada: o treinador.
Eduardo Araújo
Advogado
eduardomarceloaraujo@hotmail.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Seu comentário será publicado em breve após ser analisado pelo administrador