A mitologia grega personificava a passagem do tempo através de um Deus, eterno e imortal, chamado Chronos, revelando a estima ao conceito desde a antiguidade. O tempo comanda as nossas vidas diárias, afinal “tempo é dinheiro”.
No futebol, o tic tac do relógio tem papel preponderante, desde o treinamento até o jogo em si, bem porque, diferentemente de outros esportes, o limitante das partidas é sempre a duração (90 minutos mais acréscimos) e não o número de gols ou pontos.
Diversas são as avaliações decorrentes do tempo no futebol, desde tempo de treinamento, passando por conceitos evidenciados nos scouts, como tempo de jogo, posse de bola, etc. Destarte, um dos pleitos mais formulados é o tempo de trabalho dos treinadores a frente dos clubes, sendo tema amplamente debatido por jornalistas, dirigentes e demais profissionais da bola.
Infortunadamente, estabeleceu-se no Brasil uma exigência demasiada sobre resultados de curto prazo, decorrente da inexistência de uma gama de partidas por campeonato e/ou duração de pré-temporada que permita ajustes de médio e longo prazo, como na temporada europeia que dura em média dez meses.
Por isso e outros fatores, como a influência da política e do amadorismo na administração dos clubes brasileiros, não só treinadores, como executivos e demais integrantes profissionais do staff, acabam tendo de antecipar situações com o fito exclusivo de manter seus empregos.
A conjuntura posta tem atrapalhado o desenvolvimento dos atletas desde as categorias de base até o profissional, porquanto o trabalho físico, técnico e tático que deveria ser a principal busca das equipes, muitas vezes é deixado ao largo pela busca inocente de resultados de curto prazo, comprometendo a consolidação do grupo e das valências ínsitas ao futebol.
Os jornais vertem diversas notícias de como o tempo de trabalho e a paciência podem dar frutos, contudo, infelizmente, passam ao largo de consideração. A Islândia tratada em coluna anterior, o São Paulo de Murici Ramalho, os Estados Unidos de Klinsmann, a Alemanha da última década, são diversos modelos de como respeito ao tempo desagua em bons resultados. Tite, por exemplo, após ser eliminado na pré-libertadores, foi mantido no cargo e levou o Corinthians ao título mundial.
A Era Barcelona dos últimos anos é fruto de um trabalho de longo prazo comandando pelo saudoso Cruijff, instituindo um sistema de treino e tático para o clube catalão que vem formando ininterruptamente jogadores de imensa qualidade técnica, levando o time a diversos títulos.
Desta feita, não há segredo, a postura profissional e moderna tão caçada hodiernamente só será possível com um trabalho de longo prazo desde a formação dos atletas, executivos e integrantes de comissão técnica, com paciência e dedicação, passando pelo momento de transição para o profissional até o fim da carreira, sob pena do futebol brasileiro seguir ladeira abaixo.
Eduardo AraújoDiversas são as avaliações decorrentes do tempo no futebol, desde tempo de treinamento, passando por conceitos evidenciados nos scouts, como tempo de jogo, posse de bola, etc. Destarte, um dos pleitos mais formulados é o tempo de trabalho dos treinadores a frente dos clubes, sendo tema amplamente debatido por jornalistas, dirigentes e demais profissionais da bola.
Infortunadamente, estabeleceu-se no Brasil uma exigência demasiada sobre resultados de curto prazo, decorrente da inexistência de uma gama de partidas por campeonato e/ou duração de pré-temporada que permita ajustes de médio e longo prazo, como na temporada europeia que dura em média dez meses.
Por isso e outros fatores, como a influência da política e do amadorismo na administração dos clubes brasileiros, não só treinadores, como executivos e demais integrantes profissionais do staff, acabam tendo de antecipar situações com o fito exclusivo de manter seus empregos.
A conjuntura posta tem atrapalhado o desenvolvimento dos atletas desde as categorias de base até o profissional, porquanto o trabalho físico, técnico e tático que deveria ser a principal busca das equipes, muitas vezes é deixado ao largo pela busca inocente de resultados de curto prazo, comprometendo a consolidação do grupo e das valências ínsitas ao futebol.
Os jornais vertem diversas notícias de como o tempo de trabalho e a paciência podem dar frutos, contudo, infelizmente, passam ao largo de consideração. A Islândia tratada em coluna anterior, o São Paulo de Murici Ramalho, os Estados Unidos de Klinsmann, a Alemanha da última década, são diversos modelos de como respeito ao tempo desagua em bons resultados. Tite, por exemplo, após ser eliminado na pré-libertadores, foi mantido no cargo e levou o Corinthians ao título mundial.
A Era Barcelona dos últimos anos é fruto de um trabalho de longo prazo comandando pelo saudoso Cruijff, instituindo um sistema de treino e tático para o clube catalão que vem formando ininterruptamente jogadores de imensa qualidade técnica, levando o time a diversos títulos.
Desta feita, não há segredo, a postura profissional e moderna tão caçada hodiernamente só será possível com um trabalho de longo prazo desde a formação dos atletas, executivos e integrantes de comissão técnica, com paciência e dedicação, passando pelo momento de transição para o profissional até o fim da carreira, sob pena do futebol brasileiro seguir ladeira abaixo.
Advogado
eduardomarceloaraujo@hotmail.com
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