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quarta-feira, 12 de junho de 2019

Presidente eleito expõe situação delicada do Campinense com dívida que pode superar 20 milhões e admite que pensa em desistir

Foto: Ascom / Campinense Clube
A dois dias de tomar posse oficialmente como presidente do Campinense, o engenheiro aposentado Erivaldo Ferreira, de 69 anos, se pronunciou sobre a atual situação do clube nesta quarta-feira (12) em 27 minutos de uma pesada entrevista coletiva à imprensa.
Ao lado do empresário Antônio Carlos Cavalcanti, eleito vice-presidente, o futuro mandatário rubro-negro expôs as vísceras da Raposa, mencionou a estimativa de uma dívida que pode ser superior a R$ 20 milhões, lamentou e criticou gestões passadas, além de admitir que ainda pensa em desistir de assumir a agremiação cartola.
Sem citar detalhadamente os processos, uma vez que diz não ter encontrado documentos oficiais no setor de contabilidade do clube, Erivaldo afirmou que a maior parte do débito raposeiro é oriundo de processos trabalhistas, alguns deles já encerrados e que correram à revelia, sem a participação de um representante do clube durante as audiências realizadas na Justiça.
– Se isso aqui fosse tratado como uma empresa de verdade, já teria declarado falência. E sinceramente, eu já conversei com os companheiros e a gente ainda não tem um planejamento para saber como administrar esse clube. Tenho perdido noites de sono, batido em várias portas tentando conseguir ajuda porque a situação não é fácil – desabafou o dirigente.
Questionado se havia cogitado desistir de assumir o Campinense, Erivaldo Ferreira não exitou ao responder.
– Ainda penso (em desistir). Porque ainda não consegui montar um esquema de como resolver. Minha angústia é essa – lamentou.
Quando teve a palavra, o vice-presidente eleito Antônio Carlos Cavalcanti endossou o discurso de Erivaldo.
Mesmo sem citar o nome do ex-presidente William Simões, afastado do futebol por ordem judicial desde setembro de 2018, o futuro vice pareceu alfinetar o antigo gestor, com quem teve divergências há mais de um ano por conta do grupo Rapozap.
– A situação que nós encontramos é muito complicada, mais ainda do que nós estávamos imaginando. Vendo até agora o que a gente já conseguiu analisar, a dívida que o Campinense ultrapassa os R$ 20 milhões. E eu quero enfatizar que o problema do Campinense nunca foi de falta de dinheiro. O problema aqui sempre foi gestão. Tivemos notícias que o clube em algumas temporadas recentes recebeu mais de R$ 14 milhões – asseverou.
Bronca com o Gol de Placa
Outro ponto que chamou muito a atenção durante a entrevista de Erivaldo e Antônio Carlos foi quando o presidente eleito abordou a denúncia apresentada pelo Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público da Paraíba, contra o Campinense.
Na verdade a ação do Gaeco é extensiva a vários clubes paraibanos que disputaram a elite estadual nos últimos anos, mas o dirigente, obviamente, reportou-se apenas à situação do Rubro-Negro.
Segundo a denúncia, em várias oportunidades, o clube adulterou informações para poder receber recursos do Gol de Placa, do Governo do Estado, de forma irregular.
Algo idêntico ao que acabou suspendendo o andamento do programa no início do ano, quando a Folha de São Paulo apresentou matéria constatando que o Nacional de Patos utilizou CPFs de pessoas que sequer estavam no estádio José  Cavalcanti para justificar ingressos trocados por notas fiscais.
– Só para se ter uma ideia, na denúncia que o Gaeco apresentou, em um dos jogos o Campinense apresentou números de CPF de pessoas que morreram há mais de 20 anos. Outro jogo teve torcedor que estava ao mesmo tempo em quatro partidas diferentes. Por tudo isso a gente vai ter que devolver esses recursos ao Estado, valores que aumentam essas dívidas do clube – detalhou Erivaldo Ferreira.

Paraíba Online

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