Todos nós sabemos da importância para o nosso estado, em particular a capital, do Esporte Clube Cabo Branco, agremiação sócio - desportiva e cultural. Em seu quadro de associado sempre constaram governadores, prefeitos, deputados e altos empresários e comerciantes. Era sinônimo de status pertencer aos quadros do alvirrubro de Miramar. Ser o seu Diretor Social ou Presidente era o máximo. Sua eleição era bastante concorrida e festiva.
Os seus bailes de carnaval eram comentados por meses nas colunas sociais e nos restaurantes da capital. Os jovens quando colavam grau nos diversos cursos superiores existentes à época, ali, realizavam o seu tradicional baile de formatura. Foi naquele ginásio de esportes que desci os batentes da arquibancada com a minha saudosa genitora, quando da minha primeira formatura.
O clube sempre ofereceu aos seus sócios todas as modalidades de prática esportiva amadora: Natação, basquete, futebol, Judô, futsal, ginástica, handebol, voleibol e muitos outros, inclusive o sofisticado tênis. Tudo isso dentro de suas excelentes dependências.
Os seus times de basquete e futebol de salão, nas décadas de 60 e 70, eram imbatÃveis na região norte-nordeste, fornecendo atletas para o sul do paÃs e seleções universitárias. Quem não se lembra de: Givaldo, Vuca, Bertinho, Aldanir, Luis da Banda, Castelo Branco e Bêta no salão. Ou de Remo, Israel, Renildo, Roberto Carlos, Joel, Biu Galinha e Totonho no basquete.
Pois bem, o que muita gente não sabe é que o ECCB, hoje centenário, pois a sua fundação data do ano de 1915, no passado possuiu Departamento Profissional de Futebol e disputou as competições organizadas pelas extintas Liga Paraibana de Futebol e Liga Desportiva Parahybana, antecessoras da atual FPF. Em 1943, o gigante de Miramar encerrou e nunca mais retornou as suas atividades com o futebol profissional.
O Alvirrubro de Miramar, em seu pequeno perÃodo no futebol profissional, disputou a final de mais de quinze campeonatos paraibanos, e por 10 (dez) vezes sagrou-se campeão estadual. Seus times eram imbatÃveis e temidos, sua torcida alegre e festiva. Segundo os entendidos da matéria, caso o ECCB tivesse permanecido no futebol profissional, o Botafogo não possuiria essa imensa torcida nem teria conquistado tantos tÃtulos. Será?
Serpa Di Lorenzo
Membro Pleno do TJDF PB, da ACEP e APBCE
falserpa@oi.com.br
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