Foto: Ascom |
O confronto entre Brasil e Bolívia nesta sexta (14), às 21h30, no Morumbi, será o pontapé inicial da edição de 2019 da Copa América. Fora de campo, entretanto, a competição já começou, e as atividades nos dias que antecederam o rolar da bola foram marcadas por desordem, problemas e má organização. Houve falta de sinal de internet, problemas em credenciamento, retirada de ingressos e até jogadores tomando banho gelado.
A edição atual do campeonato sul-americano de seleções vem na esteira de cortes orçamentários e de pessoal no COL (Comitê Organizador Local). O COL já sofreu duas reduções de verba e opera com menos da metade dos recursos inicialmente previstos. Na avaliação da Conmebol, a Copa América não produz lucro que justifique um maior investimento.
Disso resultam problemas logísticos que atingem imprensa, convidados, torcedores e até jogadores.
A retirada de ingressos tem sido problemática, com demora de até duas horas. Para tentar sanar o problema, o COL aumentou o período de funcionamento dos centros de ingressos até esta sexta-feira, das 9h às 22h. Segundo o comitê, a demora acontece por causa da checagem de dados e documentos dos compradores dos ingressos.
Quem não adquire ingressos, mas tem envolvimento profissional com a Copa América também enfrentou problemas no credenciamento. Postos de credenciamento em Salvador e no Rio de Janeiro passaram horas sem funcionar nos últimos dias, por problemas de sistema e até falta de papel e outros insumos para imprimir as credenciais.
Em São Paulo, credenciais que foram impressas tiveram problemas com o microchip e precisaram ser reparadas. Profissionais credenciados tiveram que retornar ao posto após serem barrados no treinamento da seleção brasileira desta quinta (13), no Morumbi.
A estrutura para imprensa apresentou problemas também. Na última terça-feira (11), a seleção brasileira treinou no estádio do Pacaembu, que não estava na lista inicial de campos oficiais de treinamento divulgada pelo COL.
No local, não havia qualquer sinal de internet, e a sala destinada à entrevista coletiva do lateral Filipe Luís comportava menos de um terço do total de jornalistas presentes. Houve desordem. A sala de imprensa permaneceu fechada, e não houve acesso sequer a tomadas. Profissionais presentes utilizaram o local de antidoping e o próprio vestiário de jogadores quando precisaram ir ao banheiro.
Na última quinta-feira, no Morumbi, já com a estrutura do centro de mídia montada, foram disponibilizadas conexões de internet sem fio durante o treino da seleção. Elas, entretanto, não funcionaram quando o setor foi preenchido por jornalistas de diversos países Sul-Americano.
Em Porto Alegre, entrevistas coletivas aconteceram à beira do gramado, mesmo em locais onde havia uma sala de imprensa que poderia ter sido utilizada.
Jogadores também foram afetados, a começar pela seleção brasileira. Enquanto os jornalistas se acotovelavam no Pacaembu, Filipe Luís tomava banho frio. O lateral reclamou publicamente do chuveiro, dizendo que a situação jamais acontece na Europa.
A resposta do COL causou mal estar entre os atletas: o comitê afirmou que os chuveiros tinham sido testados, estavam funcionando e que orientou a delegação brasileira “que o funcionamento dos chuveiros era a gás, sendo necessário ligar a água quente primeiro, para depois regular a temperatura”.
Em Porto Alegre, a Venezuela encontrou péssimas condições de gramado no campo do Sesc, onde treinou uma vez. Em São Paulo, a seleção da Bolivia não teve acesso ao vestiário principal no CT do São Paulo, na Barra Funda, já que a equipe anfitriã ainda treinava no local. O elenco boliviano precisou se trocar em um vestiário mais antigo, o que incomodou o técnico Eduardo Villegas.
Fora de campo, é difícil comparar os primeiros dias de Copa América com o tal “Padrão Fifa” de organização das últimas duas Copas do Mundo, no Brasil, em 2014, e na Rússia, em 2018.
Se a organização não entrar nos trilhos no decorrer da competição, o padrão Copa América é grande candidato a virar meme nas redes brasileiras até o dia 7 de julho.
O Brasil enfrenta a Bolívia nesta sexta às 21h30, no Morumbi. Depois da partida, treina no sábado no CT do Palmeiras, na Barra Funda, e embarca para Salvador, onde encara a Venezuela na próxima quarta-feira (18).
A edição atual do campeonato sul-americano de seleções vem na esteira de cortes orçamentários e de pessoal no COL (Comitê Organizador Local). O COL já sofreu duas reduções de verba e opera com menos da metade dos recursos inicialmente previstos. Na avaliação da Conmebol, a Copa América não produz lucro que justifique um maior investimento.
Disso resultam problemas logísticos que atingem imprensa, convidados, torcedores e até jogadores.
A retirada de ingressos tem sido problemática, com demora de até duas horas. Para tentar sanar o problema, o COL aumentou o período de funcionamento dos centros de ingressos até esta sexta-feira, das 9h às 22h. Segundo o comitê, a demora acontece por causa da checagem de dados e documentos dos compradores dos ingressos.
Quem não adquire ingressos, mas tem envolvimento profissional com a Copa América também enfrentou problemas no credenciamento. Postos de credenciamento em Salvador e no Rio de Janeiro passaram horas sem funcionar nos últimos dias, por problemas de sistema e até falta de papel e outros insumos para imprimir as credenciais.
Em São Paulo, credenciais que foram impressas tiveram problemas com o microchip e precisaram ser reparadas. Profissionais credenciados tiveram que retornar ao posto após serem barrados no treinamento da seleção brasileira desta quinta (13), no Morumbi.
A estrutura para imprensa apresentou problemas também. Na última terça-feira (11), a seleção brasileira treinou no estádio do Pacaembu, que não estava na lista inicial de campos oficiais de treinamento divulgada pelo COL.
No local, não havia qualquer sinal de internet, e a sala destinada à entrevista coletiva do lateral Filipe Luís comportava menos de um terço do total de jornalistas presentes. Houve desordem. A sala de imprensa permaneceu fechada, e não houve acesso sequer a tomadas. Profissionais presentes utilizaram o local de antidoping e o próprio vestiário de jogadores quando precisaram ir ao banheiro.
Na última quinta-feira, no Morumbi, já com a estrutura do centro de mídia montada, foram disponibilizadas conexões de internet sem fio durante o treino da seleção. Elas, entretanto, não funcionaram quando o setor foi preenchido por jornalistas de diversos países Sul-Americano.
Em Porto Alegre, entrevistas coletivas aconteceram à beira do gramado, mesmo em locais onde havia uma sala de imprensa que poderia ter sido utilizada.
Jogadores também foram afetados, a começar pela seleção brasileira. Enquanto os jornalistas se acotovelavam no Pacaembu, Filipe Luís tomava banho frio. O lateral reclamou publicamente do chuveiro, dizendo que a situação jamais acontece na Europa.
A resposta do COL causou mal estar entre os atletas: o comitê afirmou que os chuveiros tinham sido testados, estavam funcionando e que orientou a delegação brasileira “que o funcionamento dos chuveiros era a gás, sendo necessário ligar a água quente primeiro, para depois regular a temperatura”.
Em Porto Alegre, a Venezuela encontrou péssimas condições de gramado no campo do Sesc, onde treinou uma vez. Em São Paulo, a seleção da Bolivia não teve acesso ao vestiário principal no CT do São Paulo, na Barra Funda, já que a equipe anfitriã ainda treinava no local. O elenco boliviano precisou se trocar em um vestiário mais antigo, o que incomodou o técnico Eduardo Villegas.
Fora de campo, é difícil comparar os primeiros dias de Copa América com o tal “Padrão Fifa” de organização das últimas duas Copas do Mundo, no Brasil, em 2014, e na Rússia, em 2018.
Se a organização não entrar nos trilhos no decorrer da competição, o padrão Copa América é grande candidato a virar meme nas redes brasileiras até o dia 7 de julho.
O Brasil enfrenta a Bolívia nesta sexta às 21h30, no Morumbi. Depois da partida, treina no sábado no CT do Palmeiras, na Barra Funda, e embarca para Salvador, onde encara a Venezuela na próxima quarta-feira (18).
UOL/FOLHAPRESS
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