O fatídico acontecimento no Centro de Treinamento do Flamengo, mais conhecido como Ninho do Urubu, entristeceu os amantes da bola e causou revolta pela perda de jovens talentos e vidas recheadas de sonhos e um longo caminho interrompido.
Passado o choque inicial, uma série de questões veio à tona, tirando a formação de atletas da sombra e colocando o holofote imperativo ao crescimento de qualquer área, principalmente quando se lida com crianças e adolescentes.
Infelizmente, parece-me que no Brasil as coisas só evoluem a partir de uma grande crise ou tragédia. Enquanto isso, desacertos, ilicitudes e equívocos vão se acumulando sem que sejam tomadas atitudes para corrigir caminhos e prevenir acidentes.
É uníssono que o problema da base no Brasil é estrutural. Criou-se um preocupante sistema de antecipação de disputa e busca por negociação, esquecendo-se da formação das valências físicas, técnicas e táticas, além das questões comportamentais dos atletas, com o necessário trabalho psicológico e acompanhamento escolar.
A pirâmide das categorias de base supervaloriza o fim do ciclo pela necessidade de retorno imediato com conquistas e participação em competições que trazem retorno financeiro, tais como a Copa São Paulo, deixando de lado o enredo necessário a qualificação do jogador em desenvolvimento desde os mais básicos conceitos de futebol.
Nesse jogo de viés financeiro sobreposto ao estrutural, os percalços e as pedras vão se acumulando. A gestão voltada apenas ao futebol profissional e venda de atletas, acaba por reduzir indevidamente investimentos na base, comprometendo a formação e a segurança dos jovens e de seus formadores, os quais também precisam da devida atenção e qualificação.
A força dos empresários começa na base, tornando a competição salutar interna, intrínseca a qualquer desporto, em um ciclo vicioso de descarte e reposição de peças, deixando de lado a premissa fundamental do esporte amador e de base: a competição como forma de cooperação e formação de cidadãos, sempre com o abraço ao viés educacional.
Assim, a base deve levar em consideração um duplo objetivo: primeiramente formar cidadãos melhores e, via de consequência, dentro de parâmetros de captação, produzir atletas de alto rendimento, trazendo o desejado retorno financeiro aos clubes de futebol.
Para tanto, acredito que a inversão da pirâmide de formação, com foco no sub 15, dando a atenção desejada a categoria que é o coração da qualificação técnica, tática e mental, desaguará na correta dilapidação das futuras pedras.
Por óbvio, o futebol enquanto profissional é esporte de alto rendimento e a formação de atletas deve se pautar sempre com o objetivo de lucro, mas no longo prazo. Entretanto, é completamente equivocado atropelar conceitos básicos e o cuidado humano com os jovens que deixam suas famílias e relegam as atividades escolares para buscar os sonhos de criança.
Passado o choque inicial, uma série de questões veio à tona, tirando a formação de atletas da sombra e colocando o holofote imperativo ao crescimento de qualquer área, principalmente quando se lida com crianças e adolescentes.
Infelizmente, parece-me que no Brasil as coisas só evoluem a partir de uma grande crise ou tragédia. Enquanto isso, desacertos, ilicitudes e equívocos vão se acumulando sem que sejam tomadas atitudes para corrigir caminhos e prevenir acidentes.
É uníssono que o problema da base no Brasil é estrutural. Criou-se um preocupante sistema de antecipação de disputa e busca por negociação, esquecendo-se da formação das valências físicas, técnicas e táticas, além das questões comportamentais dos atletas, com o necessário trabalho psicológico e acompanhamento escolar.
A pirâmide das categorias de base supervaloriza o fim do ciclo pela necessidade de retorno imediato com conquistas e participação em competições que trazem retorno financeiro, tais como a Copa São Paulo, deixando de lado o enredo necessário a qualificação do jogador em desenvolvimento desde os mais básicos conceitos de futebol.
Nesse jogo de viés financeiro sobreposto ao estrutural, os percalços e as pedras vão se acumulando. A gestão voltada apenas ao futebol profissional e venda de atletas, acaba por reduzir indevidamente investimentos na base, comprometendo a formação e a segurança dos jovens e de seus formadores, os quais também precisam da devida atenção e qualificação.
A força dos empresários começa na base, tornando a competição salutar interna, intrínseca a qualquer desporto, em um ciclo vicioso de descarte e reposição de peças, deixando de lado a premissa fundamental do esporte amador e de base: a competição como forma de cooperação e formação de cidadãos, sempre com o abraço ao viés educacional.
Assim, a base deve levar em consideração um duplo objetivo: primeiramente formar cidadãos melhores e, via de consequência, dentro de parâmetros de captação, produzir atletas de alto rendimento, trazendo o desejado retorno financeiro aos clubes de futebol.
Para tanto, acredito que a inversão da pirâmide de formação, com foco no sub 15, dando a atenção desejada a categoria que é o coração da qualificação técnica, tática e mental, desaguará na correta dilapidação das futuras pedras.
Por óbvio, o futebol enquanto profissional é esporte de alto rendimento e a formação de atletas deve se pautar sempre com o objetivo de lucro, mas no longo prazo. Entretanto, é completamente equivocado atropelar conceitos básicos e o cuidado humano com os jovens que deixam suas famílias e relegam as atividades escolares para buscar os sonhos de criança.
Eduardo Araújo
Advogado
eduardomarceloaraujo@hotmail.com
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