Breno Morais (Foto: Raniery Soares) |
A manipulação nos sorteios de arbitragem e nos resultados das partidas do Campeonato Paraibano era levada tão a sério, que os envolvidos tratavam o esquema como um verdadeiro time, este com uma grande vantagem: atuava dentro e fora de campo.
O Correio teve acesso a transcrições de conversas – que constam no inquérito da Operação Cartola – entre o vice-presidente de futebol do Botafogo, Breno Morais e o árbitro assistente Tarcísio José, conhecido como Galeguinho.
Antes, o dirigente havia dialogado com o presidente do Belo, Zezinho Botafogo, adiantando que falaria com Galeguinho, dizendo que “tu não fizesse porra nenhuma e tá atrás de dinheiro. Agora tu vai escolher o que tu quer fazer. Eu vou te botar no negócio pra ver se tu ajuda. Se tu ajudar, aí tu entra no nosso time”.
Segundo a transcrição, a ideia de Breno Morais era ter a garantia de que o Nacional de Patos seria derrotado pelo CSP, na partida realizada no dia 25 de fevereiro, no José Cavalcanti. No caso em questão, o Canário do Sertão era adversário direto do Time da Maravilha do Contorno na disputa por uma vaga na fase decisiva do Estadual.
Para ter certeza de que Tarcísio José aceitaria o convite, Breno oferece algo que é o desejo de qualquer árbitro do quadro local: uma vaga na CBF.
“Você quer entrar no time que ajuda ou quer ficar fora do time? Você tem que decidir. Como eu estou dizendo, quando a pessoa fica fora, fica fora da escala. Eu acho que você quer ir para a CBF, todo mundo quer né?, enfatiza Breno.
O CSP acabou vencendo o jogo por 2 a 0 e o Nacional teve alguns lances anulados, que causaram revolta e foram alvo de análises por parte da imprensa. Para garantir o ‘combinado’, a Comissão Estadual de Arbitragem (Ceaf) acabou escalando o árbitro João Bosco Sátiro, além dos assistentes Luis Filipe e Tarcísio José, todos investigados pela Operação Cartola.
Em depoimento à Polícia Civil, Breno Morais disse que preferia exercer o direito de se manter em silêncio. Procurado pelo Correio, as ligações não foram atendidas
Entenda
A Operação Cartola é resultado de mais de seis meses de investigações e tem por objetivo apurar os crimes cometidos por uma organização composta por membros da Federação Paraibana de Futebol (FPF), Comissão Estadual de Arbitragem da Paraíba (CEAF), Tribunal de Justiça Desportiva da Paraíba (TJD/PB) e dirigentes de clubes de futebol profissional da Paraíba.
O Correio teve acesso a transcrições de conversas – que constam no inquérito da Operação Cartola – entre o vice-presidente de futebol do Botafogo, Breno Morais e o árbitro assistente Tarcísio José, conhecido como Galeguinho.
Antes, o dirigente havia dialogado com o presidente do Belo, Zezinho Botafogo, adiantando que falaria com Galeguinho, dizendo que “tu não fizesse porra nenhuma e tá atrás de dinheiro. Agora tu vai escolher o que tu quer fazer. Eu vou te botar no negócio pra ver se tu ajuda. Se tu ajudar, aí tu entra no nosso time”.
Segundo a transcrição, a ideia de Breno Morais era ter a garantia de que o Nacional de Patos seria derrotado pelo CSP, na partida realizada no dia 25 de fevereiro, no José Cavalcanti. No caso em questão, o Canário do Sertão era adversário direto do Time da Maravilha do Contorno na disputa por uma vaga na fase decisiva do Estadual.
Para ter certeza de que Tarcísio José aceitaria o convite, Breno oferece algo que é o desejo de qualquer árbitro do quadro local: uma vaga na CBF.
“Você quer entrar no time que ajuda ou quer ficar fora do time? Você tem que decidir. Como eu estou dizendo, quando a pessoa fica fora, fica fora da escala. Eu acho que você quer ir para a CBF, todo mundo quer né?, enfatiza Breno.
O CSP acabou vencendo o jogo por 2 a 0 e o Nacional teve alguns lances anulados, que causaram revolta e foram alvo de análises por parte da imprensa. Para garantir o ‘combinado’, a Comissão Estadual de Arbitragem (Ceaf) acabou escalando o árbitro João Bosco Sátiro, além dos assistentes Luis Filipe e Tarcísio José, todos investigados pela Operação Cartola.
Em depoimento à Polícia Civil, Breno Morais disse que preferia exercer o direito de se manter em silêncio. Procurado pelo Correio, as ligações não foram atendidas
Entenda
A Operação Cartola é resultado de mais de seis meses de investigações e tem por objetivo apurar os crimes cometidos por uma organização composta por membros da Federação Paraibana de Futebol (FPF), Comissão Estadual de Arbitragem da Paraíba (CEAF), Tribunal de Justiça Desportiva da Paraíba (TJD/PB) e dirigentes de clubes de futebol profissional da Paraíba.
Raniery Soares
Jornal Correio da Paraíba
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