"A casa de muita gente vai cair!". A declaração - forte - é do delegado Lucas Sá, da Polícia Civil, que está à frente da Operação Cartola nas investigações sobre um suposto esquema de corrupção no futebol paraibano. Esquema que, de acordo com as falas do delegado, passa cada vez mais de suposição a realidade. Em entrevista ao GloboEsporte.com na manhã desta quarta-feira, Lucas Sá garantiu que já tem provas contundentes contra alguns clubes, e não apenas contra o Botafogo-PB - no último fim de semana, o próprio delegado revelou a uma equipe do Fantástico três jogos sobre os quais há evidências de que o Belo foi deliberadamente beneficiado no Campeonato Paraibano deste ano.
A operação encabeçada pela Polícia Civil e pelo Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público, investiga clubes, dirigentes e árbitros do futebol paraibano, sobre possíveis manipulações de resultados nas últimas oito edições do Campeonato Paraibano da 1ª divisão. No último domingo, o Fantástico veiculou uma matéria na qual a polícia revela três jogos em que o Botafogo-PB teve participação direta na escolha dos árbitros para conseguir os resultados que lhe interessavam. Mas o próprio Lucas Sá garante já ter provas de que há outros clubes - não apenas o Belo - que também estão envolvidos neste esquema.
- Temos muitas provas sim. Não apenas do Botafogo. Temos provas concretas de atuação de outros clubes. Mas não divulgamos detalhes de ninguém (nem do Botafogo) - garantiu Lucas Sá.
O delegado completa a informação, reforçando a importância de que essas evidências não se tornem públicas por enquanto.
- Em momento algum falamos nomes de pessoas ou clubes. Assim que o sigilo for retirado, divulgaremos todos os detalhes. Antes disso não tem como.
As partidas do Paraibano deste ano que a polícia listou na semana passada como sendo três nas quais houve interferência direta de dirigentes - e que foram citadas na matéria do Fantástico, no último domingo - foram as seguintes: Botafogo-PB 3 x 3 CSP, pela sétima rodada da primeira fase; Nacional de Patos 0 x 2 CSP, pela nona rodada; e Botafogo-PB 3 x 1 Sousa, pela repescagem para as semifinais.
Por conta do sigilo nas investigações, o delegado Lucas Sá não deu detalhes sobre como teria havido a manipulação nesses resultados. Mas revelou, por exemplo, que dirigentes do Botafogo-PB pressionaram o presidente da Comissão Estadual de Arbitragem de Futebol da Paraíba (CEAF-PB), José Renato, para que não fossem mencionados na súmula da partida contra o CSP os atos de vandalismo da torcida botafoguense. E isso, de fato, não foi feito, apesar de o árbitro daquele jogo, Francisco Santiago, ainda no campo, ter dito que registraria o comportamento dos torcedores alvinegros. Além disso, Lucas Sá também já havia confirmado que o sorteio de árbitros para os jogos do Paraibano são forjados para atender aos interesses dos dirigentes.
- Esse sorteio, na verdade, é um mero teatro. O que é sorteado ali está atendendo diretamente aos pedidos dos dirigentes - comentou Lucas Sá em entrevista à equipe do Fantástico, na ocasião.
Sobre os demais clubes contra os quais a polícia já tem provas, o delegado foi evasivo, justamente para manter o sigilo nas investigações. Ele não citou nomes - nem de clubes, nem de dirigentes -, mas está convicto de que o fim da operação vai desmascarar muita gente.
- Não fazem ideia do que temos. Mas a verdade vai prevalecer - cravou Lucas Sá.
A Operação Cartola foi deflagrada na segunda-feira da semana passada, um dia depois de o Botafogo-PB vencer o Campinense no Almeidão e conquistar o título do Campeonato Paraibano de 2018. Em meio às investigações, 39 mandados de busca e apreensão foram cumpridos - em sedes de clubes, da FPF, do TJDF-PB e em casas de dirigentes - e cerca de 80 pessoas estão sob investigação, incluídos aí dirigentes, árbitros e também a ex-presidente da Federação, Rosilene Gomes.
A operação encabeçada pela Polícia Civil e pelo Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público, investiga clubes, dirigentes e árbitros do futebol paraibano, sobre possíveis manipulações de resultados nas últimas oito edições do Campeonato Paraibano da 1ª divisão. No último domingo, o Fantástico veiculou uma matéria na qual a polícia revela três jogos em que o Botafogo-PB teve participação direta na escolha dos árbitros para conseguir os resultados que lhe interessavam. Mas o próprio Lucas Sá garante já ter provas de que há outros clubes - não apenas o Belo - que também estão envolvidos neste esquema.
- Temos muitas provas sim. Não apenas do Botafogo. Temos provas concretas de atuação de outros clubes. Mas não divulgamos detalhes de ninguém (nem do Botafogo) - garantiu Lucas Sá.
O delegado completa a informação, reforçando a importância de que essas evidências não se tornem públicas por enquanto.
- Em momento algum falamos nomes de pessoas ou clubes. Assim que o sigilo for retirado, divulgaremos todos os detalhes. Antes disso não tem como.
As partidas do Paraibano deste ano que a polícia listou na semana passada como sendo três nas quais houve interferência direta de dirigentes - e que foram citadas na matéria do Fantástico, no último domingo - foram as seguintes: Botafogo-PB 3 x 3 CSP, pela sétima rodada da primeira fase; Nacional de Patos 0 x 2 CSP, pela nona rodada; e Botafogo-PB 3 x 1 Sousa, pela repescagem para as semifinais.
Por conta do sigilo nas investigações, o delegado Lucas Sá não deu detalhes sobre como teria havido a manipulação nesses resultados. Mas revelou, por exemplo, que dirigentes do Botafogo-PB pressionaram o presidente da Comissão Estadual de Arbitragem de Futebol da Paraíba (CEAF-PB), José Renato, para que não fossem mencionados na súmula da partida contra o CSP os atos de vandalismo da torcida botafoguense. E isso, de fato, não foi feito, apesar de o árbitro daquele jogo, Francisco Santiago, ainda no campo, ter dito que registraria o comportamento dos torcedores alvinegros. Além disso, Lucas Sá também já havia confirmado que o sorteio de árbitros para os jogos do Paraibano são forjados para atender aos interesses dos dirigentes.
- Esse sorteio, na verdade, é um mero teatro. O que é sorteado ali está atendendo diretamente aos pedidos dos dirigentes - comentou Lucas Sá em entrevista à equipe do Fantástico, na ocasião.
Sobre os demais clubes contra os quais a polícia já tem provas, o delegado foi evasivo, justamente para manter o sigilo nas investigações. Ele não citou nomes - nem de clubes, nem de dirigentes -, mas está convicto de que o fim da operação vai desmascarar muita gente.
- Não fazem ideia do que temos. Mas a verdade vai prevalecer - cravou Lucas Sá.
A Operação Cartola foi deflagrada na segunda-feira da semana passada, um dia depois de o Botafogo-PB vencer o Campinense no Almeidão e conquistar o título do Campeonato Paraibano de 2018. Em meio às investigações, 39 mandados de busca e apreensão foram cumpridos - em sedes de clubes, da FPF, do TJDF-PB e em casas de dirigentes - e cerca de 80 pessoas estão sob investigação, incluídos aí dirigentes, árbitros e também a ex-presidente da Federação, Rosilene Gomes.
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