Os heróis voltaram para casa. Neste sábado, a cidade de Chapecó recebeu os corpos de jogadores, comissão técnica e dirigentes da Chapecoense que morreram em acidente aéreo em Medellín na última terça-feira. Debaixo de chuvas e lágrimas, a delegação recebeu uma grande homenagem na Arena Condá, estádio onde a pequena equipe catarinense ganhou fama continental.
Dois aviões Hércules-130 da Força Aérea Brasileira (FAB) pousaram com poucos minutos de diferença a partir de 9h30 (horário de Brasília) com os corpos dos 50 atletas e integrantes da equipe técnica da Chapecoense repatriados da Colômbia.
A primeira chegada foi saudada por uma salva de fogos de artifício na Arena Condá, que começou a encher desde as primeiras horas da manhã - apesar da chuva torrencial - e acompanhava tudo através de imagens no telão. Os caixões começaram a ser retirados das aeronaves com escoltas militares, sob os aplausos dos parentes das vítimas presentes no local.
Dali, todos foram conduzidos em cortejo até o estádio onde a equipe viveu momentos memoráveis da epopeia que a converteu em finalista da Copa Sul-Americana - dos pênaltis contra o Independiente-ARG, a vitória debaixo de tempestade sobre o Junior Barranquilla-COL e a defesa milagrosa de Danilo contra o San Lorenzo-ARG -, em um sonho que foi interrompido nas montanhas de Medellín.
A população local quis demonstrar sua solidariedade marcando presença e se dirigiu ao local vestida de verde e branco. Houve também que usou o amarelo da camisa da Colômbia, lembrando as demonstrações de solidariedade do país vizinho. À medida que os caminhões com os corpos se aproximava da Arena, o número de presentes aumentava, assim como a chuva.
Convertido na sede de um velório gigante ao ar livre, o gramado da Arena Condá começou a receber os caixões por volta de 12h30 (de Brasília), com muitos aplausos dos presentes e gritos de "Chape, Chape". Familiares, amigos, torcedores e mesmo os oficiais do exército se uniram em emoção, luto e lágrimas.
Se o sentimento de todos era um só, os sons se confundiram, com o estranho silêncio em memória de todos que perderam a vida na tragédia se misturando com um fundo musical emotivo e gritos de "campeões, campeões". Às 13h30, teve início a cerimônia solene, com o pronunciamento de autoridades. O presidente Michel Temer, porém, não discursou.
"Para sonhos, não há tamanho. O pequeno pode se tornar gigante; o distante pode se tornar próximo; o impossível pode se tornar possível. Afinal, para todo sonho é preciso alguém que acredite, que trabalhe, que dê seu melhor para que se realize. Estejam com Deus nossos eternos campeões", disse o presidente da Chapecoense, Ivan Tozzo, primeiro a falar, sob aplausos.
Depois, Luciano Buligon, prefeito da cidade de Chapecó, discursou com a camisa do Atlético Nacional de Medellín, em agradecimento ao povo colombiano. "Na segunda, vamos todos juntos, unidos, começar de novo a conquista dessa equipe que não é mais só de Chapecó, é do mundo, e é de todos nós."
Temer, que inicialmente não iria ao estádio, chegou ao aeroporto de Chapecó às 8h45, recebeu e as vítimas e depois também se dirigiu à Arena Condá. Ele entrou no gramado no momento em que o hino da Chapecoense era executado. Várias personalidades também estiveram na cerimônia, como o presidente da Fifa, Gianni Infantino; o ex-jogador Carles Puyol; e Tite, técnico da seleção brasileira.
Até mesmo o Papa Francisco participou da cerimônia, através de mensagem lida por Dom Odelir José Magri, bispo de Chapecó. Fã de futebol, o pontífice pediu "conforto e restabelecimento aos sobreviventes" e "coragem para todos os atingidos pela tragédia".
A grande maioria dos 71 falecidos no acidente foi velada no estádio. Os outros eram tripulantes do avião (cinco bolivianos, um venezuelano e um paraguaio) e jornalistas da Globo e Fox, que fretaram voos para transferir os corpos para suas respectivas cidades. Após a cerimônia, as famílias viajarão com seus mortos também para seus locais de origem, já que a maioria do plantel era de fora de Chapecó.
Os corpos dos três jornalistas da TV Globo - Guilherme Marques, Guilherme Van Der Laars e Ari Júnior - foram velados também neste sábado no sede do Botafogo, em General Severiano. Lá, a despedida também contou com uma multidão, entre familiares, amigos e fãs dos profissionais.
O acidente ocorreu na madrugada de segunda para terça-feira quando o avião que transportava a equipe da Chapecoense, que iria disputar o jogo de ida da final da Copa Sul-Americana contra o Atlético Nacional da Colômbia, caiu perto de Medellín.
ESPN.com.br
Dois aviões Hércules-130 da Força Aérea Brasileira (FAB) pousaram com poucos minutos de diferença a partir de 9h30 (horário de Brasília) com os corpos dos 50 atletas e integrantes da equipe técnica da Chapecoense repatriados da Colômbia.
A primeira chegada foi saudada por uma salva de fogos de artifício na Arena Condá, que começou a encher desde as primeiras horas da manhã - apesar da chuva torrencial - e acompanhava tudo através de imagens no telão. Os caixões começaram a ser retirados das aeronaves com escoltas militares, sob os aplausos dos parentes das vítimas presentes no local.
Dali, todos foram conduzidos em cortejo até o estádio onde a equipe viveu momentos memoráveis da epopeia que a converteu em finalista da Copa Sul-Americana - dos pênaltis contra o Independiente-ARG, a vitória debaixo de tempestade sobre o Junior Barranquilla-COL e a defesa milagrosa de Danilo contra o San Lorenzo-ARG -, em um sonho que foi interrompido nas montanhas de Medellín.
A população local quis demonstrar sua solidariedade marcando presença e se dirigiu ao local vestida de verde e branco. Houve também que usou o amarelo da camisa da Colômbia, lembrando as demonstrações de solidariedade do país vizinho. À medida que os caminhões com os corpos se aproximava da Arena, o número de presentes aumentava, assim como a chuva.
Convertido na sede de um velório gigante ao ar livre, o gramado da Arena Condá começou a receber os caixões por volta de 12h30 (de Brasília), com muitos aplausos dos presentes e gritos de "Chape, Chape". Familiares, amigos, torcedores e mesmo os oficiais do exército se uniram em emoção, luto e lágrimas.
Se o sentimento de todos era um só, os sons se confundiram, com o estranho silêncio em memória de todos que perderam a vida na tragédia se misturando com um fundo musical emotivo e gritos de "campeões, campeões". Às 13h30, teve início a cerimônia solene, com o pronunciamento de autoridades. O presidente Michel Temer, porém, não discursou.
"Para sonhos, não há tamanho. O pequeno pode se tornar gigante; o distante pode se tornar próximo; o impossível pode se tornar possível. Afinal, para todo sonho é preciso alguém que acredite, que trabalhe, que dê seu melhor para que se realize. Estejam com Deus nossos eternos campeões", disse o presidente da Chapecoense, Ivan Tozzo, primeiro a falar, sob aplausos.
Depois, Luciano Buligon, prefeito da cidade de Chapecó, discursou com a camisa do Atlético Nacional de Medellín, em agradecimento ao povo colombiano. "Na segunda, vamos todos juntos, unidos, começar de novo a conquista dessa equipe que não é mais só de Chapecó, é do mundo, e é de todos nós."
Temer, que inicialmente não iria ao estádio, chegou ao aeroporto de Chapecó às 8h45, recebeu e as vítimas e depois também se dirigiu à Arena Condá. Ele entrou no gramado no momento em que o hino da Chapecoense era executado. Várias personalidades também estiveram na cerimônia, como o presidente da Fifa, Gianni Infantino; o ex-jogador Carles Puyol; e Tite, técnico da seleção brasileira.
Até mesmo o Papa Francisco participou da cerimônia, através de mensagem lida por Dom Odelir José Magri, bispo de Chapecó. Fã de futebol, o pontífice pediu "conforto e restabelecimento aos sobreviventes" e "coragem para todos os atingidos pela tragédia".
A grande maioria dos 71 falecidos no acidente foi velada no estádio. Os outros eram tripulantes do avião (cinco bolivianos, um venezuelano e um paraguaio) e jornalistas da Globo e Fox, que fretaram voos para transferir os corpos para suas respectivas cidades. Após a cerimônia, as famílias viajarão com seus mortos também para seus locais de origem, já que a maioria do plantel era de fora de Chapecó.
Os corpos dos três jornalistas da TV Globo - Guilherme Marques, Guilherme Van Der Laars e Ari Júnior - foram velados também neste sábado no sede do Botafogo, em General Severiano. Lá, a despedida também contou com uma multidão, entre familiares, amigos e fãs dos profissionais.
O acidente ocorreu na madrugada de segunda para terça-feira quando o avião que transportava a equipe da Chapecoense, que iria disputar o jogo de ida da final da Copa Sul-Americana contra o Atlético Nacional da Colômbia, caiu perto de Medellín.
ESPN.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Seu comentário será publicado em breve após ser analisado pelo administrador