Ele surgiu para o futebol em uma cidade conhecida como celeiro de craques, quando ainda jovem batia peladas nos campos da cidade interiorana de Patos, a conhecida “Morada do sol”. Foi naquela cidade sertaneja que despontaram jogadores como Clóvis, Dissor, Lulú, Messias e tantos outros que jogaram em grandes clubes do nordeste e até mesmo do estrangeiro.
Estamos falando do ex-zagueiro Washington Luis Pires de Assis, ou simplesmente Washington Luis, que com muita calma e categoria vestiu a camisa do Botafogo Futebol Clube por cerca de onze anos, seguidos, vencendo quase sempre o duelo com os atacantes adversários.
Ele chegou para defender as cores do famoso “Belo”, precisamente no mês de fevereiro do ano de 1987, e ao chegar e se integrar ao grupo da Maravilha do Contorno, em pouco tempo o seu espírito de liderança e determinação culminou com a faixa de capitão em seu braço.
Ele disputou 438 partidas com a camisa do Botafogo, treinou e jogou com vários companheiros. Inúmeras foram às noites de concentração, as viagens, os treinadores, as tristezas e as alegrias.
Em 1988 ele era o xerife daquele time que venceu o Treze dentro de Campina Grande por dois tentos a zero, sagrando-se campeão do estado. Aquele título ficou marcado na memória do torcedor do alvinegro da estrela vermelha. A humildade, a determinação e acima de tudo o talento fizeram com que Washington Luis encerrasse a sua carreira como um vencedor.
E esse guerreiro que teve a difícil missão de substituir jogadores como Lando, João Carlos, Deca, Zé Luis e tantos outros zagueiros que vestiram as cores do time mais vezes campeão do estado, ao pendurar as suas chuteiras teve que enfrentar uma enfermidade que o levou a realizar a dolorosa hemodiálise, como forma de amenizar as deficiências dos seus rins. Foram três anos de tratamento.
Recentemente, ele conseguiu um doador compatível e realizou em um dos hospitais da cidade do Recife um transplante de rins e vem se recuperando muito bem, graças aos familiares e em sua fé em Deus.
Temos plena convicção que Washington Luis, com a mesma determinação e disciplina que vencia os atacantes adversários, irá vencer essa batalha e que milhares de corações de torcedores botafoguenses estão torcendo pelo pronto restabelecimento da sua função renal. Viva o capitão, viva Washington Luis!
Francisco Di Lorenzo Serpa
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falserpa@oi.com.br
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segunda-feira, 17 de agosto de 2015
Crônicas do Serpa: Guerreiro dentro e fora de campo
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