Foto: Marcos Ribolli |
O São Paulo brigou o tempo todo para decidir nos 90 minutos. Kaká e Luis Fabiano acertaram a trave, Michel Bastos perdeu uma chance cara a cara. Era o que os colombianos queriam. Nas batidas, Alan Kardec, para fora após escorregão, e Rafael Toloi, em chute defendido por Armani, fracassaram. O Nacional acertou as quatro tentativas.
A eliminação aumenta a dúvida sobre o futuro de Rogério Ceni no clube. O goleiro gostaria de pendurar as luvas com outro título, mas terá de se contentar com a disputa pelo vice no Brasileirão. Ninguém sabe qual será o destino dele. Anteriormente decidido a pendurar as luvas, hoje ele já não tem a mesma certeza. A decisão será anunciada nos próximos dias.
Nervosismo
Pode ter sido o gramado molhado, o nervosismo, a pressão/ansiedade de chegar à final do único torneio que ainda resta na temporada. Mas o São Paulo não jogou no primeiro tempo. Lutou, correu como de costume. Faltou futebol para passar pela fortíssima marcação do Atlético Nacional e fazer jus à linda festa dos 45.454 torcedores presentes no Morumbi.
Ganso, Kaká, Luis Fabiano e Michel Bastos, escalado no lugar de Alan Kardec, ainda lesionado, não se entenderam. O quarteto experiente e produtivo do belo segundo semestre feito pelo Tricolor jogou distante, sem conexão, e facilitou o “trabalho sujo” de marcação dos colombianos. Com eles distantes, o Tricolor exagerou em lançamentos para ninguém. Até Edson Silva arriscou.
O São Paulo viveu de lances isolados. Mesmo assim, poderia ter construído a vantagem necessária para pegar Boca ou River na decisão. Luis Fabiano, talvez, marcasse cara a cara com Armani. Michel Bastos preferiu finalizar e não passou para o centroavante, melhor posicionado. Logo em seguida, o Fabuloso parou no goleiro em chute cruzado na área.
O tempo, inimigo são-paulino nesta quarta-feira, transformou a euforia da torcida em apreensão e reclamações pelo mau futebol. O Atlético seguiu com seu jogo cadenciado, gastando segundos preciosos até em laterais, e fazendo a bola passar pelos pés do perigoso meia Cardona. Luis Fabiano ainda pediu um pênalti, ignorado pelo juiz.
O caminho do São Paulo no segundo tempo era pelo lado direito do ataque. Foi lá que Muricy Ramalho posicionou Michel Bastos e fez o time crescer, agora mais calmo, tocando a bola e abrindo espaços. O mesmo Michel, cara a cara com Armani, perdeu um gol feito. Falha minimizada logo em seguida, aos oito minutos. Ganso bateu falta, Toloi quase desviou, e a bola entrou direto, tremendo o Morumbi. O São Paulo continuou melhor. Desta vez, auxiliado pelos raros vacilos defensivos do Nacional. O Tricolor, porém, só não contava com a trave rival. Azar? Má pontaria? O primeiro a carimbar a trave foi Kaká, quase na pequena área. Depois, Luis Fabiano. Michel pegou o rebote que voltaria para o camisa 9 e, em impedimento, mandou por cima sem goleiro. Em seguida, o mesmo Fabuloso quase acertou o ângulo.
Muricy decidiu mexer para deixar o time mais veloz e com mais presença na área: colocou Osvaldo na vaga de Alvaro Pereira e Alan Kardec em substituição a Kaká. A maior força para jogar pelos lados do campo não compensou. O time nada criou, voltou a se mostrar nervoso para resolver a partida, e a decisão foi para os pênaltis.
Logo de cara, um duro golpe para os são-paulinos. Bocanegra marcou, e Alan Kardec escorreu, mandando a bola para fora. Em seguida, Valencia e Rogério Ceni converteram. O goleiro ainda passou perto no chute rasteiro que Cardona acertou. Armani, porém, foi perfeito e defendeu o pênalti de Toloi. Ruiz decidiu.
Por Globo Esporte
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