O protesto do elenco do Barueri pelo atraso salarial de quatro meses ganhou o apoio de seu adversário na noite desta sexta-feira. Após entrarem em campo na Arena Barueri e sacramentarem a vitória do Operário-MT, os jogadores do clube mato-grossense se deitaram em campo em solidariedade ao elenco do time paulista.
De acordo com Eduardo Henrique, treinador do Operário-MT, a iniciativa partiu dos atletas:
- Foi uma forma de mostrar solidariedade aos jogadores do Barueri. Eles estão certos em reivindicar seus direitos de pedir os salários atrasados. Nós temos o pagamento em dia, mas sabemos das dificuldades pelas quais os jogadores de futebol, em especial nos clubes de pequeno e médio porte, passam - declarou, ao LANCE!Net.
O técnico foi categórico ao falar sobre a situação presenciada na Arena Barueri:
- Hoje (sexta-feira) foi escrito um capítulo triste do futebol brasileiro. E ele não é uma exceção! Vemos muitos clubes que prometem mundos e fundos, e depois deixam de honrar suas dívidas. Esta é uma prova de que o futebol nacional precisa mudar bastante - declarou.
Respaldado pelo Artigo 32 da Lei Pelé, que define que o jogador "pode recusar-se a competir por entidade de prática desportiva quando seus salários, no todo ou em parte, estiverem atrasados em mais de dois meses" o elenco do Grêmio Barueri enviou carta na quinta-feira à CBF comunicando que não atuaria diante do Operário-MT. Após uma tentativa de acordo na manhã desta sexta-feira, o W.O foi confirmado.
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