Edísio Souto, advogado de Rosilene Gomes
(Foto: Felipe Gesteira / Jornal da Paraíba)
(Foto: Felipe Gesteira / Jornal da Paraíba)
O
advogado Edísio Souto, que faz a defesa da presidente da Federação
Paraibana de Futebol, Rosilene Gomes, disse nesta sexta-feira que estava
indignado com o afastamento da diretoria da entidade, determinada
ontem. O jurista citou o golpe militar de 1964 para mostrar a sua
insatisfação, insinuando estar acontecendo uma espécie de “tapetão” da
oposição da FPF para tomar o cargo da presidente. Ele revelou ainda que
pretende recorrer da decisão judicial. As declarações foram feitas à
Rádio CBN João Pessoa.
No despacho, proferido na tarde de
ontem, a juíza Renata da Câmara Pires Belmont, da 8ª Vara Cível de João
Pessoa, explicou que existem fortes indícios de que a última reeleição
de Rosilene, em 23 de junho de 2010, foi realizada em meio a
“irregularidades e descumprimento de regras estatutárias”.
A
ação, movida pelo Auto Esporte, se iniciou a partir da denúncia "de que
os clubes e ligas votantes não estavam constituídos de forma regular ou
mesmo de que, embora possivelmente constituídas com CNPJ e demais
exigências legais, os seus supostos representantes legais não foram
eleitos na forma estatutária”.
Isto é um absurdo, é um atentado à democracia. Talvez fruto do dia 31 de março de
1964, quando sofremos um golpe no país".
Edísio Souto, advogado de Rosilene Gomes
-
Do ponto de vista da Federação Paraibana de Futebol não teve nenhum
problema na última eleição. Isto é um absurdo, é um atentado à
democracia. Talvez fruto do dia 31 de março de
1964, quando sofremos um golpe no país. Mas vamos recorrer. Vamos levar
essa decisão ao Tribunal de Justiça da Paraíba acreditando muito no
saber jurídico, no bom senso e no equilíbrio dos desembargadores -
disparou o advogado.
Edísio Souto acredita que a presidente
nada tem a ver com a suposta irregularidade. Ele explica que não há como
culpar a entidade por esses problemas, já que os clubes é que são
responsáveis por suas demandas.
- Eles apontam fragilidade.
Nós entendemos que não há fragilidade alguma. E outra coisa, Rosilene é
responsável pela Federação. Se a entidade tivesse irregular, aí sim era
responsabilidade dela. Como é que ela pode ser penalizada por uma
irregularidade de filiados, de clubes, que ela não comanda e que não tem
acesso nenhum, que são pessoas jurídicas de direito privado? Ou seja, o
responsável pelo clube, se ele está em situação irregular, é o
dirigente do clube, e não a presidente da Federação.
Insinuando um golpe, mas sem deixar claro de onde estaria partindo, Edísio aproveita para mandar um recado:
-
Temos quase que certeza que vamos reformar isso. É uma Federação
Paraibana de Futebol, que deverá ter eleição em junho próximo. Ou seja,
estamos a dois meses da eleição. Se querem tomar a presidência de
Rosilene, que submeta o nome de alguém e ganhe no voto. E não no
tapetão, como estão fazendo.
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