A intertemporada que o Botafogo está fazendo antes de estrear no Campeonato Paraibano e na Copa do Brasil é necessária para que o técnico Marcelo Vilar afine o time para a sequência do ano. Mas os trabalhos no meio da temporada têm lá seus prejuízos. Segundo o vice-presidente do clube, Ariano Wanderley, essa parada nas competições acarreta não apenas ônus financeiro, mas também técnico. E ele aponta um culpado para isso: a fórmula de disputa do estadual.
- Os jogadores não querem ficar parados, pois desmotiva tanto eles quanto os torcedores. Isso tem que ser repensado, porque não é possível o futebol da Paraíba continuar a cometer estes erros. Vamos ficar 45 dias pagando uma folha salarial de R$ 300 mil sem jogar. Além disso, ainda teremos mais 45 dias no meio do ano. São três meses de férias forçadas, e isso incomoda bastante - reclamou o vice-presidente.
Para Ariano, a fórmula do Campeonato Paraibano precisa ser repensada porque a situação é crítica não só para o Belo, mas para o Treze também. Os dois clubes foram os representantes do Estado na Copa do Nordeste e, por isso, entram no estadual apenas a segunda fase. No Nordestão, ambos foram eliminados ainda na primeira fase (a competição atualmente está nas semifinais).
-
Espero que isso mude no próximo ano, para que a gente possa entrar
no estadual logo após o Nordestão. Desejo também que tenha um certame forte, para que
possamos disputar a Série C com o time pronto - comentou o dirigente.
- E no ano que vem, temos a Série B - emendou Ariano, demonstrando otimismo do acesso do Belo.
A
última partida do Botafogo foi no dia 6 de fevereiro, quando perdeu
para o Sport e deu adeus à Copa do Nordeste. A estreia do Belo no
Campeonato Paraibano não tem data confirmada, mas a Federação Paraibana
de Futebol (FPF) planeja iniciar a segunda fase no dia 16 de março. Já
na Copa do Brasil, o clube de João Pessoa estreia no dia 2 de abril,
quando recebe o Goiás provavelmente no Almeidão.
Sobre o caso das escalações irregulares no Nordestão
Ariano ainda lembrou as escalações irregulares de Pio e
Thiaguinho na estreia do Botafogo na Copa do Nordeste e atribuiu a esse
fato a eliminação precoce do Belo na competição regional, o que
acarretou esse período parado. Com o erro nas escalações, o Alvinegro
foi punido com a perda de quatro pontos e teve que se recuperar no Grupo
D, com pontuação negativa.
O dirigente também explicou por que a diretoria não mandou nenhum advogado para a defesa do clube, que foi punido no STJD por escalar os dois jogadores de forma irregular.
- A multa é R$ 2 mil, teríamos mais gastos para mandar um advogado. Ia ficar muito caro e mesmo com os
quatro pontos não ganharíamos nada. Preferimos deixar para lá. Se
tivéssemos condições de nos classificarmos com os pontos, com
certeza ganharíamos e reverteríamos essa situação - explicou.Globoesporte.com/PB
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