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quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Mesmo com quatro liminares a seu favor, Portuguesa não é convocada pela CBF para arbitral do brasileirão

 

Embora quatro liminares da Justiça de São Paulo determinem a devolução dos pontos à Portuguesa, com a consequente permanência do time na Série A do Campeonato Brasileiro, a CBF está firme na decisão de manter a punição aplicada pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) que rebaixou o clube paulista.
 
Isso ficou comprovado nesta terça-feira, quando a entidade convocou 20 clubes para o Conselho Técnico da Série A, que será nesta quinta no Rio, e incluiu o Fluminense. A Portuguesa ficou fora. A reunião servirá para discutir as bases do Brasileirão de 2014, incluindo a fórmula de disputa. A tabela de jogos tem prazo até o próximo dia 17 para ser divulgada.

A realização do encontro sem a presença do clube pegou a Portuguesa de surpresa. "Acho que está errado porque nada está acertado e existe uma indefinição", afirmou o presidente Ilídio Lico. "Se não vai a Portuguesa, o Fluminense também não deveria ir. Estão discriminando a gente".

Nesta terça ele esteve na sede da Federação Paulista de Futebol (FPF) e se encontrou com o presidente da CBF, José Maria Marin. Ele não quis falar sobre o assunto e disse que ficou sabendo pela reportagem. "Estou muito chateado".

LIMINARES
Além da reunião com os clubes, a organização do próximo Brasileirão passa também por definições na esfera judicial. A CBF corre contra o tempo para cassar quatro liminares da Justiça comum que ainda mantêm a Portuguesa na elite.

Carlos Miguel Aidar, advogado que defende a CBF nas ações em São Paulo, acredita que terá êxito na cassação das liminares. Ele se baseia na decisão do desembargador Viviani Nicolau, da 3.ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo, que na última sexta derrubou uma das liminares concedidas pelo juiz Marcello do Amaral Perino, da 42.ª Vara Cível.

O advogado, porém, quer que a decisão em segunda instância se estenda a todas as outras ações, uma vez que elas podem inviabilizar a divulgação da tabela. "É realmente uma preocupação. Não tenho dúvidas de que esse juiz da 42.ª Vara vai expedir mais meia dúzia de liminares. Ele está adorando ver seu nome nos jornais. Deve recortar e mostrar para os filhos", ironizou.   

 
Agência Estado

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