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quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Justiça comum pode inchar o Campeonato Brasileiro de 2014

 

O Campeonato Brasileiro de 2014 pode sofrer mudanças profundas que soariam como exemplo do despreparo do futebol nacional logo no ano em que o País vai ser sede de uma Copa do Mundo. Portuguesa e Vasco devem buscar na Justiça comum a permanência na Série A do ano que vem. Mas não estão sós. O Flamengo admite tomar o mesmo caminho, temeroso de que uma eventual vitória da Lusa longe dos tribunais esportivos deixe o clube em risco de rebaixamento.

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Essa provável avalanche de recursos na Justiça comum seria extensiva a Náutico e Ponte Preta, respectivamente 20.º e 19.º colocados no Brasileiro deste ano. O Estado apurou com três advogados que militam na justiça esportiva que esses dois clubes têm chances de se beneficiar das ações que ‘torcedores’ da Lusa e do Vasco pretendem impetrar na Justiça comum.

Na sede do STJD, na sexta-feira, advogados especialistas em direito esportivo e que têm como clientes dezenas de clubes das quatro divisões do futebol brasileiro confirmaram à reportagem que já houve contato com representantes de Náutico e Ponte Preta e que ambos estariam na espreita para decidir que atitude tomar no caso de uma outra reviravolta na tabela do Brasileiro.

“Se a Portuguesa e o Vasco se mantiverem na elite, eles (Náutico e Ponte Preta) podem alegar o princípio da isonomia”, contou um dos advogados, convicto de que o Brasileiro de 2014 promete ser “muito conturbado”. Na hipótese de a competição ser disputada por 24 clubes, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) teria de se desdobrar para arrumar datas para os jogos – isso num ano em que o calendário está encurtado para os clubes por causa da Copa do Mundo.

“Estou otimista de que o Vasco permaneça na Série A em 2014”, disse o presidente do clube, Roberto Dinamite. Para ele, o jogo com o Atlético-PR, na última rodada, não poderia ser reiniciado após os graves incidentes entre torcedores dos dois clubes, na Arena Joinville. Por isso, o Vasco tentou a impugnação da partida. Não obteve sucesso no Pleno do STJD. Mas vai usar esse argumento, talvez por intermédio de ‘torcedores’, em outra instância da justiça.

“Com um gigante que é o Vasco nessa briga, crescem as chances da Portuguesa e também as de Náutico e Ponte Preta”, declarou um dos advogados ouvido pelo Estado.

Por Marcio Dolzan e Sílvio Barsetti - O Estado de S.Paulo

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